- Governo do RS divulgou primeira rodada do novo sistema de gestão da pandemia
- Cinco regiões foram classificadas no patamar de alerta, que indica tendência grave: Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Ijuí, Passo Fundo e Santo Ângelo
- Outras sete áreas receberão avisos para redobrar atenção aos sinais da covid-19
Na primeira rodada de divulgação do estágio da pandemia no Rio Grande do Sul sobre o sistema 3As, o governo gaúcho emitiu alertas a cinco regiões no começo da tarde desta terça-feira (18) em razão do maior nível de risco diante da covid-19. Segundo o Piratini, a sinalização representa "uma tendência grave em relação à propagação do coronavírus e pressão no sistema hospitalar tanto em leitos clínicos como de UTI".
Foram incluídos nessa categoria os municípios das regiões de Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Ijuí, Passo Fundo e Santo Ângelo. O comunicado formal a todos as prefeituras com as explicações de cada decisão, para "tornar transparente o processo", seria concluído entre o fim da manhã e o começo da tarde.
Além dos cinco alertas, outras sete regiões receberam avisos — categoria menos grave de notificação que ocorre quando o governo estadual observa alguma tendência de piora e comunica a equipe técnica regional: as de Santa Maria, Uruguaiana, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Pelotas, Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul (veja mapa com todas as localidades afetadas abaixo).
A partir da comunicação pelo Estado, cada uma deverá dar mais atenção aos indicadores da pandemia. Os avisos não vêm acompanhados de um parecer, como os alertas, porque são apenas um comunicado sobre o agravamento do quadro epidemiológico.
Já as prefeituras das áreas colocadas em alerta terão 48 horas para responder ao Estado sobre o quadro da pandemia em cada local e apresentar um plano com medidas de restrição e fiscalização a ser colocado em prática para conter as contaminações. Essa etapa, de ação, forma o terceiro "A" do sistema 3 As (aviso, alerta, ação).
Se o gabinete de crise do governo considerar adequada a resposta, a proposta deverá ser imediatamente aplicada e divulgada no site de cada município. Se as medidas forem consideradas insuficientes, o Estado poderá impor ações adicionais a serem seguidas na região.
Já as cidades classificadas na faixa de aviso não estão obrigadas a adotar novas estratégias de enfrentamento à pandemia. A mudança de rumos, nesse caso, é opcional. Mas as prefeituras são orientadas a monitorarem com mais cuidado fatores como aumento de casos ou maior necessidade de hospitalização.
Esse modelo substitui o antigo distanciamento controlado, que classificava diferentes partes do Estado por cor de bandeiras conforme indicadores de expansão da doença e capacidade de atendimento hospitalar aplicados a uma fórmula matemática. Com a mudança, as prefeituras ganharam mais autonomia para determinar que ações serão adotadas para conter a doença.
Depois de ter passado por um terceiro ciclo de avanço que bateu recordes de óbitos e internações entre fevereiro e março, a pandemia entrou em declínio no Estado. Ainda em abril, porém, a queda começou a perder velocidade e passou a dar indícios de estabilidade em patamar alto. Nos últimos dias, ganharam força sinais precoces de agravamento regiões do Interior — enquanto na mais recente onda a Região Metropolitana foi um dos focos de disseminação do coronavírus.