Com escassez da vacina CoronaVac, o coordenador da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, orientou que a população da Capital se informe sobre a quantidade de imunizantes disponíveis nos postos de saúde antes de procurar os locais para imunização. O acompanhamento pode ser feito pelo site da prefeitura, que, segundo Ritter, está sendo atualizado em tempo real.
Em pontos como Clínica da Família IAPI, Unidade de Saúde Ramos, Unidade de Saúde Santa Marta, Clínica da Família Álvaro Difini e Unidade de Saúde Santo Alfredo há apenas a primeira dose disponível. Locais como Unidade de Saúde Santa Cecília, Unidade de Saúde Passo das Pedras I, Unidade de Saúde São Carlos e Unidade de Saúde Modelo ainda tinham as duas doses por volta das 11h, conforme o site da prefeitura.
— É importante que a gente tente minimizar esse problema, senão vamos concentrar tudo em um só local — enfatizou Ritter durante o programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira (27).
A CoronaVac está sendo utilizada, na Capital, para a segunda aplicação. Já para a primeira dose está sendo utilizado o imunizante de Oxford/AstraZeneca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Nesta manhã, pontos de drive-thru da Capital tinham fila para aplicação de imunizantes e estavam sem estoque para atender a segunda dose. Conforme a reportagem de GZH, a grande maioria das pessoas buscava a segunda aplicação da CoronaVac, e os profissionais estavam parados, aguardando a reposição com remanejo de outros postos.
No Rio Grande do Sul, a falta de imunizantes especificamente para a segunda aplicação é estimada em 263,8 mil doses. O cálculo foi feito pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), após diversos municípios gaúchos começarem a anunciar a paralisação da aplicação da segunda dose por falta de imunizantes.
Diante da escassez da CoronaVac em cidades brasileiras, o Ministério da Saúde emitiu comunicado enfatizando que a segunda dose do imunizante deve ser aplicada mesmo nos casos em que houver atraso no esquema vacinal.
Ritter prevê que a situação deve se normalizar no final da próxima semana, tendo em vista que a prefeitura deve receber novas doses a partir de 3 de maio, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde.