A falta de imunizantes CoronaVac/Butantan no Rio Grande do Sul, especificamente para a segunda aplicação, é estimada nesta segunda-feira (26) em 263,8 mil doses. O cálculo foi feito pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), após diversos municípios gaúchos começarem a anunciar a paralisação da aplicação da segunda dose por falta de imunizantes.
Conforme a SES, “faltam 40.470 doses para concluir o esquema vacinal de idosos que receberam doses da remessa distribuída no dia 20 de março” e outras “223.400 doses para as segundas doses da remessa distribuída no dia 26 de março” (veja íntegra da nota ao final).
O uso da maioria das vacinas para aplicação da primeira dose, sem reserva de imunizantes para aplicação da segunda dose, é uma decisão tomada pelo Estado do Rio Grande do Sul em parceria com os Conselho das Secretarias da Saúde dos municípios gaúchos. A prática vem sendo adotada pelo governo do Estado desde a segunda remessa de vacinas.
No mês passado, esta passou a ser, também, a orientação nacional, emitida pelo Ministério da Saúde. Em 21 de março o governo federal orientou todo o país a priorizar a aplicação da primeira dose.
Por meio de nota, a SES afirma que Estado e municípios gaúchos “optaram por imunizar o maior número possível de pessoas, priorizando as primeiras doses e planejando a segunda dose em um intervalo de 28 dias, para uma melhor resposta imunológica”. A pasta acrescenta que “o resultado dessa estratégia foi uma maior agilidade na aplicação da vacina na população gaúcha, o que mantém o RS no topo do ranking dos Estados que mais vacinam, proporcionalmente, no país”.
Veja a íntegra da nota da SES
Falta de D2 no RS
No Rio Grande do Sul, faltam 40.470 doses para concluir o esquema vacinal de idosos que receberam doses da remessa distribuída no dia 20 de março. O intervalo preconizado, de 28 dias, deve ser contabilizado a partir do dia da aplicação da vacina, que ocorre de acordo com organização própria dos municípios. A data de 20 de março corresponde à distribuição das doses às 18 coordenadorias regionais de saúde. Nos dias seguintes, já nos municípios, as vacinas começam a ser aplicadas. Também haverá necessidade de 223.400 doses para as segundas doses da remessa distribuída no dia 26 de março.
Desde a segunda remessa da campanha de imunização da Covid-19, a Secretaria da Saúde (SES) e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RS, em pactuações realizadas de forma sistemática após o recebimento das doses, optaram por imunizar o maior número possível de pessoas, priorizando as primeiras doses e planejando a segunda dose em um intervalo de 28 dias, para uma melhor resposta imunológica. O Ministério da Saúde recomendou a aplicação das vacinas integralmente para primeira dose somente a partir da 9ª remessa.
O resultado dessa estratégia da SES foi uma maior agilidade na aplicação da vacina na população gaúcha, o que mantém o RS no topo do ranking dos Estados que mais vacinam, proporcionalmente, no país.
Em função do atraso na entrega de insumos vindos da China ao Instituto Butantan, o Ministério da Saúde não está mais recebendo os quantitativos esperados de vacinas. Ainda não há previsão, por parte do MS, de envio de nova remessa de doses ao RS.
Segundo o Programa Nacional de Imunizações, caso ocorram atrasos, o esquema vacinal deverá ser completado com a administração da segunda dose o mais rápido possível.
Falta de vacinas atinge municípios em diversas regiões do Estado
Municípios do Rio Grande do Sul, incluindo Porto Alegre, anunciaram nesta segunda-feira (26) que estão reduzindo ou suspendendo a aplicação da necessária segunda dose da vacina CoronaVac por falta de produto. Desde a terceira semana de março, a orientação do Ministério da Saúde é aplicar todos os imunizantes disponíveis para a primeira dose, sem guardar ampolas para garantir a aplicação da segunda.
Segundo o chefe da Vigilância em Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, em alguns pontos da Capital já terminaram as doses disponíveis e, em outros, as reservas estão no fim e devem terminar até amanhã.
Canoas, também em nota, afirmou que “as unidades básicas de saúde aplicaram as vacinas disponíveis e já não possuem mais doses neste momento”. Bagé, Estância Velha, São Gabriel, Caçapava do Sul, Tramandaí, Santa Cruz do Sul, Sapiranga e Lajeado também suspenderam a aplicação da segunda dose da vacina CoronaVac nesta segunda-feira pela mesma razão.