Com mais de 100% de esgotamento dos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), três regiões do Rio Grande do Sul continuam no foco das preocupações neste sábado (27): Lajeado, no Vale do Taquari, Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, e Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo.
Conforme dados atualizados às 14h6min no painel de monitoramento do governo do Estado, a área de Lajeado segue na pior situação, com 126,2% de ocupação das vagas de UTI para adultos, mas o quadro se deteriorou em Novo Hamburgo e em Santa Cruz do Sul desde a última sexta-feira (26).
Na prática, com o agravamento da crise sanitária, há mais pacientes sendo tratados em UTIs do que os leitos originalmente previstos, gerando algum grau de improvisação no atendimento. A superlotação também acaba por deixar mais enfermos na fila de espera.
Na região de Lajeado, que conta com 19 hospitais, o índice de internados é alto tanto no SUS quanto na rede privada. No SUS, o percentual de ocupação bateu a marca de 126,3% e, nos estabelecimentos pagos, atingiu 125%. Embora o cenário tenha se mantido o mesmo em relação a sexta, a taxa de respiradores em utilização passou de 100% para 107,7%, e o uso de leitos para covid-19 fora de UTIs também cresceu, de 94,2% para 96,5%.
Em Novo Hamburgo e entorno, onde há 10 casas de saúde, a porcentagem de camas de UTI destinadas a maiores de 18 anos que estão em uso saltou de 114,2% na sexta-feira para 124,8% neste sábado. Também se elevaram outros indicadores, tanto em relação às vagas fora de UTIs (ocupação de 98,2% para 99,5%) quanto ao uso de respiradores (o uso passou de 81,4% para 88,5%).
Quanto à área de Santa Cruz do Sul, contemplada com nove hospitais, a lotação nas UTIs direcionadas a pacientes adultos passou de 105% na sexta para 106,7% neste sábado. Houve piora, ainda, na procura por respiradores. A taxa subiu de 76,7% para 83,3%.
Para o enfrentamento da pandemia, o Rio Grande do Sul foi dividido pelo governo do Estado em 21 regiões covid. São áreas que compartilham um mesmo sistema de saúde e proximidade geográfica. O painel estadual de monitoramento de hospitais é público e pode ser acessado neste link.