
O mapa preliminar da última semana de 2020 no Rio Grande do Sul tem um número menor de regiões consideradas com risco epidemiológico alto para o coronavírus em relação ao que está em vigor. Das 21 regiões, 15 receberam bandeira vermelha e outras seis receberam a cor laranja — na classificação anterior, a proporção era de 20 para uma.
As seis regiões que apresentam risco médio são as de Guaíba, Taquara, Novo Hamburgo, Cruz Alta, Pelotas e Bagé. As duas últimas receberam bandeira preta, que corresponde ao alerta máximo, no mapa definitivo do último dia 14.
Segundo o governo, as novas hospitalizações de pacientes com confirmação para covid-19 caíram 14%, e o número de internados em leitos clínicos para a doença reduziu 6%. As UTIs, no entanto, apresentaram aumento de 5% no número de internados com diagnóstico positivo.
Considerando o total de pacientes internados por coronavírus e por outras causas, houve estabilidade no número de leitos de UTI ocupados, assim como na semana anterior. A abertura de novos leitos nos últimos dias ajudou a manter a proporção de leitos livres no Estado.
A maior parte das regiões já aderiu ao sistema de cogestão regional, o que significa que podem adotar protocolos próprios, desde que não sejam mais flexíveis do que a cor da bandeira anterior. As únicas áreas que não apresentaram o plano e devem, obrigatoriamente, seguir as regras do Estado são a de Uruguaiana e de Guaíba.
A população que vive em áreas com alto risco corresponde a 76,5% em 414 municípios gaúchos. Desses, 136 poderão adotar protocolos da bandeira anterior, porque não têm registro de óbito ou de hospitalização nos últimos 14 dias. É necessário, no entanto, que a prefeitura crie uma regulamentação local.
Como o mapa preliminar foi divulgado mais tarde por conta do feriado de Natal, municípios e associações que desejarem entrar com pedido de recurso têm uma hora a mais para fazê-lo, até as 7h de domingo (27). O mapa definitivo será divulgado na próxima segunda-feira (28), e valerá de terça (29) até segunda (4). Esta definição vai determinar, portanto, qual será o nível de risco de cada região durante o Réveillon.
As regiões que apresentaram o maior número de novas hospitalizações nos últimos dias, por local de residência e do paciente, são Porto Alegre (256), Caxias do Sul (157), Passo Fundo (103), Canoas (100) e Pelotas (61).
Pelotas e Bagé
No último dia 14, o mapa definitivo do governo gaúcho apresentou, de forma inédita, bandeira preta. As regiões de Pelotas e de Bagé foram classificadas com risco altíssimo para o contágio pelo coronavírus.
Na semana seguinte, no entanto, a classificação passou para a cor vermelha e, no mapa preliminar divulgado nesta sexta-feira (25), ambas receberam a cor laranja. Segundo o governo, a alteração é justificada pela redução de indicadores que compõem o modelo de distanciamento controlado.
A região de Bagé registrou aumento no número de hospitalizações de pacientes com covid-19, que passaram de 18 para 23. O número de óbitos, no entanto, caiu de seis para três, o que corresponde a 50% a menos. Já a região de Pelotas tem o cenário inverso: enquanto o número de hospitalizações diminuiu de 86 para 61, o número de óbitos cresceu 36%, passando de 33 para 45.