Já somam 167 os trabalhadores infectados pelo coronavírus no Frigorífico Silva, de Santa Maria. De acordo com um dos diretores da empresa, Ivon da Silva, é possível que o número não seja definitivo, pois os cerca de 1.200 funcionários foram testados e nem todos os resultados estão prontos.
Segundo o diretor, desde o início da pandemia o frigorífico vinha afastando e testando funcionários que reportassem sintomas gripais. No dia 27, o aparecimento repentino de 15 casos positivos levou o frigorífico a suspender parte das atividades e entrar em contato com a Vigilância Sanitária. Os setores de abate e desossa, principais focos do surto, foram fechados temporariamente e todos os funcionários afastados para testagem.
Na quarta-feira (2), a empresa firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério do Trabalho. Ele prevê que só retornem ao trabalho os funcionários que apresentem dois testes negativos em 72 horas. Ao retornar, terão de trabalhar em escalas alternadas, manter espaços mínimos de distanciamento e intensificar os cuidados com equipamentos de proteção. Em caso de descumprimento, o frigorífico estará sujeito a multas.
– A grande maioria das medidas de segurança, acho que 90%, nós já vínhamos cumprindo. Por isso, não fomos interditados. Agora, os funcionários com testes negativos vão sendo reintegrados. Foi bom termos testado todo mundo, porque a maioria dos casos eram assintomáticos – declara Silva.
Os setores fechados temporariamente retomam as atividades a partir desta segunda-feira (7) e terça-feira (8). Conforme o TAC, o frigorífico terá de introduzir uma rotina de testagem periódica dos trabalhadores, com 10% dos trabalhadores sendo testados a cada 10 dias.
O mapa preliminar do distanciamento controlado do governo do Estado de sexta-feira (4) manteve Santa Maria entre as nove regiões de bandeira laranja.