O Gabinete de Crise do governo estadual vai analisar 59 pedidos de reconsideração da classificação de bandeira vermelha, anunciada na sexta-feira (17). Os recursos foram encaminhados por municípios e associações regionais até as 6h deste domingo (19). A classificação preliminar da 11ª rodada do Distanciamento Controlado deixou 18 das 20 regiões do Estado enquadradas em bandeira vermelha, ou seja, com risco epidemiológico alto para a covid-19.
O Estado já registra 1.229 mortes por coronavírus. Esta foi a rodada em que o Rio Grande do Sul teve o maior número de bandeiras vermelhas desde a implantação do modelo de Distanciamento Controlado, em 10 de maio. Apenas duas regiões — Bagé e Pelotas — permaneceram em bandeira laranja (risco médio). Os dados apresentados nos recursos serão analisados para que, na tarde da segunda-feira, o governo anuncie o mapa definitivo, que passará a valer na terça-feira (21).
Apesar da quantidade de regiões em alto risco, pelo menos 270 prefeituras poderão adotar padrões de isolamento condizentes com bandeira laranja por não terem registro de óbito nem de hospitalização por covid-19 nas duas últimas semanas. Já em Rio Grande, no entanto, que recebeu a bandeira laranja no último anúncio do governo, a decisão foi a de manter restrições mais rigorosas do que as determinadas na nova classificação.
O prefeito Alexandre Lindenmeyer anunciou no sábado (18), em transmissão ao vivo pela internet, a decisão de manter o município na bandeira vermelha, seguindo modelo próprio de distanciamento controlado. A medida foi tomada após a região ter recebido etiqueta laranja (que impõe menos restrições) no sistema adotado pelo governo do Estado. Segundo o prefeito, trata-se de uma tentativa impara pedir a piora do quadro e o colapso do sistema de saúde.
Na sexta-feira, em comunicado oficial, o Piratini ressaltou: “As equipes do governo alertam para a situação de cinco regiões que ficaram muito próximas de migrarem para o nível de risco altíssimo”.
Numa escala em que a média ponderada dos 11 indicadores de risco classifica como 2,5 o índice para adoção de bandeira preta, Taquara (2,4), Porto Alegre (2,36), Capão da Canoa (2,33), Novo Hamburgo (2,25) e Canoas (2,25) lideram o ranking de perigo. O principal fator de risco foi o aumento das hospitalizações.