A inclusão de dados incorretos ou defasados no sistema de riscos da pandemia levou o governo do Estado a alterar o calendário do modelo de distanciamento controlado. A partir desta semana, as regras previstas em cada bandeira começam a vigorar às terças-feiras, e não mais no primeiro dia útil da semana.
A mudança foi feita para permitir que os prefeitos possam corrigir ou ponderar eventual tratamento considerado injusto após a classificação cromática. Assim, os dados passaram a ser coletados pelo Executivo estadual às quintas-feiras, um dia antes do prazo anterior.
Na sexta, o governo modula os 11 indicadores usados para nortear os alertas de riscos, tal como disponibilidade de leitos e número de internações por covid-19. No mesmo dia, serão divulgadas as novas bandeiras.
Com isso, cada prefeitura terá todo o fim de semana para eventualmente recorrer ao gabinete de crise, informando novos dados ou corrigindo falhas. Na segunda-feira, sempre às 9h, o gabinete irá se reunir para avaliar os argumentos e tomar as decisões. Esse período para revisão fará com que a vigência de cada bandeira passe a ser de terça à terça-feira.
Nesta semana, excepcionalmente, as informações ainda serão coletadas na sexta-feira. Mesmo assim, já haverá possibilidade de recurso no fim de semana.
Outra alteração foi o tempo de permanência nas regras mais restritas previstas na bandeira vermelha. Até então, uma região que fosse tingida de rubra ficaria pelo menos 14 dias sem poder flexibilizar as medidas de distanciamento social. Esse período volta a ser de sete dias, salvo se a situação não se modificar e a região se tornar reincidente nas condições saturadas da rede hospitalar.