Em sua live destinada a atualizar a situação da pandemia de coronavírus no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite também lamentou a segunda troca de comando no Ministério da Saúde em menos de um mês: Nelson Teich pediu demissão nesta sexta-feira (15).
— Não houve sequer tempo para fazermos uma avaliação do desempenho do ministro. Tivemos apenas um contato, (dele) com os governos da Região Sul, e observamos uma ação tímida do ministério, justificada, já que a troca das equipes levou a uma perda de velocidade (no trabalho) — analisou Leite.
O governador afirmou ainda que aguardaria maiores explicações sobre a mudança, mas lamentava que, em meio à pandemia de covid-19, “tenhamos uma segunda troca no principal ministério do país nesse momento”.
— O enfrentamento do coronavírus exige política pública feita com força, velocidade, integração de SUS, União, Estados e municípios. Uma nova troca de equipe, sem dúvida, prejudica esse enfrentamento do coronavírus. Leva a uma perda de solução de continuidade e ritmo — declarou.
Eduardo Leite criticou ainda o sentimento de incerteza entre a sociedade que as seguidas substituições na Saúde e as divergências entre presidente e ministros acabam provocando:
— A falta de clareza na política de enfrentamento (à covid-19) gera perda de confiança na capacidade de enfrentar o coronavírus e isso também resulta em falta de esperança, o que compromete inclusive a economia. Não adianta dizer para as pessoas saírem de casa e consumirem se o governo não dá clareza e confiança para as pessoas.
Em relação ao plano de distanciamento controlado no Rio Grande do Sul, o governador disse que seguirá como previsto — embora não descarte mudanças pontuais que eventualmente surjam a partir do diálogo com a sociedade:
— É um modelo inovador, vamos entender sua implementação, como se comporta na sua sociedade, e aperfeiçoá-lo. Mas sem fazer conta de chegada só para atender interesse de regiões ou setores.