A força-tarefa capitaneada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para realização de exames para detecção da covid-19 fez 20 testes na segunda (4) e terça-feira (5), os dois primeiros dias de coleta de materiais. Os resultados ainda não foram divulgados, mas conforme o professor Eduardo Furtado Flores, que coordena o grupo de trabalho de mais de 20 professores e alunos de diversas áreas, alguns testes deram positivo.
A capacidade de realização de exames é de 150 por dia, sendo cem na UFSM e 50 na Universidade Franciscana (UFN), que também participa do projeto. Para Flores, professor de Saúde Pública e Epidemiologia do curso de Medicina Veterinária da UFSM, a demanda deve aumentar com o passar dos dias em razão do cronograma seguido desde a coleta dos materiais até o envio dos resultados.
— Amostras que foram coletadas na segunda-feira, entram no Hospital Universitário de Santa Maria até as 9h de terça-feira, são extraídas e aí analisadas no mesmo dia. Acredito que essa baixa demanda nos primeiros dias se devem ao fim de semana. Como elas são testadas nos dias seguintes, a partir desta quarta-feira esse número vai aumentar — explica.
Secreções são coletadas do nariz ou da garganta do paciente pelos hospitais e enviadas ao Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), responsável por dividir as amostras e enviá-las ao Centro de Ciências da Saúde. Lá é feita a extração do material genético, que demora entre 30 e 40 minutos. Por fim, o material genético extraído é enviado ao laboratório de virologia da veterinária, que faz a análise do DNA para saber se a covid-19 está presente ou não. Depois de uma hora e meia, o resultado é conhecido.
Segundo Flores, a capacidade de 150 exames por dia pode até ser aumentada, caso haja necessidade. Mas, na avaliação dele, com esse número já será possível suprir a defasagem de testes e suportar a demanda da Região Central.