O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (20), que ampliou a compra de respiradores pulmonares fabricados no Brasil e testes para diagnóstico da covid-19. A medida, segundo o titular da pasta, Nelson Teich, é “conhecer a doença” e “entender o que está acontecendo na nossa sociedade” para modificar gradativamente o distanciamento social. De acordo com a colunista de GaúchaZH Carolina Bahia, o programa de ampliação de testes foi elaborado ainda durante a permanência de Luiz Henrique Mandetta à frente da pasta.
— É muito importante para o nosso processo que está sendo desenhado de uso dos testes para melhor entender a doença, a evolução dela e fazer um planejamento, que já está sendo feito, para a revisão do distanciamento social — declarou.
O Rio Grande do Sul receberá 132.329 testes rápidos e 16.568 do tipo RT-PCR (biologia molecular). Esses equipamentos foram doados pela Vale e pela Petrobras. A previsão inicial de compra de 23,9 milhões de testes foi ampliada para 46 milhões. Teich ressalta que não irá testar toda a população, mas sim estabelecer parâmetros que possibilitarão entender a dinâmica do vírus.
— Isso vai ser fundamental no processo de entender a doença — opinou o ministro.
A previsão de mais 3,3 mil respiradores — que custaram R$ 78 milhões, segundo o ministério — se junta aos de outros dois contratos assinados com empresas brasileiras. Até agora, serão adquiridos 16 mil aparelhos utilizados no tratamento de pacientes graves de covid-19. A previsão de entrega dos equipamentos é para próximos 90 dias - sendo pelo menos 1.150 ainda em maio.