O Ministério da Saúde informou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (8) que fechou o primeiro contrato para a aquisição de respiradores de uma empresa brasileira, a Magnamed.
Os equipamentos, também conhecidos como ventiladores pulmonares, são usados nos casos de pacientes do coronavírus, principalmente em estado grave.
— Materializamos uma ação que se iniciou há 45 dias, que é fazer a indústria nacional disparar uma produção em tempo reduzido — informou o ministro Luiz Henrique Mandetta.
De acordo com o titular da pasta, as operações de compra com fornecedores chinesas continuam complicadas. O governo brasileiro precisou desistir de uma negociação de 15 mil equipamentos, pois a empresa do país asiático não deu garantias.
Mandetta acrescentou que a Magnamed possuía capacidade de produzir apenas 400 ou 500 respiradores até o fim do ano. Uma reestruturação possibilitará que mais de 6 mil respiradores sejam entregues em um prazo de 90 dias pela empresa brasileira.
Além da compra de respiradores, o ministério projetou os custos e prazos da construção do primeiro hospital de campanha do país. A estrutura será erguida em Goiás, custará cerca de R$ 10 milhões e deve ser entregue em 15 dias.
Mandetta disse que o projeto servirá para planejar possíveis outros hospitais para demandas específicas, como para atender pacientes de comunidades indígenas.
— Hoje tivemos um caso confirmado nos ianomâmis, o que nos preocupa muito. Temos feito retirada de pessoas em helicópteros para poder levar para centros de maiores complexidade, procurado fazer isolamento com toda a dificuldade que é de cultura, de língua, mas sabedores do histórico de maus resultados quando os indígenas são afetados por vírus vindos de outras partes que não o seu ecossistema — comentou o ministro.