A partir do avanço do coronavírus, a Brigada Militar criou um gabinete de crise para monitorar o alastramento da doença na corporação. Até o momento, há um caso suspeito no efetivo: um policial que teve contato com pessoas que voltaram da Europa e está em quarentena desde a sexta-feira (13). Ele fará o teste nesta semana.
O grupo será liderado pela chefe do Estado Maior, coronel Cristine Rasbold, e irá se reunir a cada 48 horas para trocar informações e, se necessário, aumentar as restrições. Também serão divulgados boletins sanitário renovando as orientações aos policiais militares.
— Vamos monitorar periodicamente os casos dentro da BM — garantiu a coronel.
A criação do grupo faz parte de uma série de medidas determinadas pela BM. Entre elas, estão a postergação de todos os cursos, formaturas e eventos, limpeza de armamentos e realização de reuniões por meio de videoconferências.
O setor administrativo de todos os quartéis do Estado será dividido em duas equipes: a cada semana, um grupo vai trabalhar de casa e outro, no quartel, em forma de revezamento. A corporação está sendo comunicada destas medidas durante a tarde desta segunda-feira.
— A ideia é que se uma equipe for contaminada, a outra possa assumir o serviço, sem paralisar nosso processo administrativo — explica o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Rodrigo Mohr Picon.
Cristine Rasbold afirma que policiais militares grávidas terão prioridade no revezamento. Segundo Picon, as viaturas deverão ser mantidas com vidros abertos e deverão ter álcool gel. O cumprimento deverá ser apenas de continência, não mais com aperto de mão.
O comando-geral reforça que todas as medidas terão impacto interno e não alteram o policiamento nas ruas.