O Ministério da Saúde atualizou os números da pandemia de coronavírus no Brasil. Até as 17h desta terça-feira (31), o país registrava 201 mortes e 5.717 casos confirmados da doença. A taxa de letalidade é de 3,5%.
A pasta registra um recorde de novos casos em um só dia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.138 contaminações.
A proporção entre diagnósticos positivos e mortos pela covid-19 segue sem alteração desde o boletim de segunda-feira.
A região Sudeste ainda é a que mais concentra mais diagnósticos positivos da covid-19, com 3.406 casos (60% de todos os casos do Brasil). A região Sul tem 672 (12% do total).
"Vamos fazer sim o máximo de isolamento social"
A atualização diária ocorreu em coletiva de imprensa envolvendo Luiz Henrique Mandetta, Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública e Paulo Guedes, ministro da Economia.
Mandetta voltou a destacar a importância da ciência na tomada de decisões do ministério que comanda o combate à pandemia de coronavírus. Questionado sobre interpretações e mudanças nas medidas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde, ele citou as entidades que o respaldam.
— Se precisarmos fazer qualquer alteração, não será sem consultar o aspecto científico, sem consultar a academia. E aqui eu falo de Fiocruz, USP, universidades federais, um comitê de especialistas em saúde absolutamente fantástico. Estão todos debruçados nas determinantes sociais em saúde. E é em cima delas que vamos trabalhar — argumentou, e projetou:
— Nós vamos trabalhar com o máximo de planejamento. E vamos fazer sim o máximo de isolamento social e permanência em nossas residências. Até chegar o ponto de falar que estamos preparados e sabemos para onde vamos.
Foi registrado um número recorde de novos casos em um só dia. Nas últimas 24 horas, 1.138 contaminações se confirmaram. A taxa de letalidade foi mantida em 3,5%. Da segunda para a terça-feira, 42 novos óbitos foram contabilizados. Das 201 vítimas fatais de covid-19, 89% tinham 60 anos ou mais. A maioria (85%) sofria de algum problema cardíaco ou diabetes.
Para ilustrar a cautela necessária no momento, Mandetta trouxe versos do cantor e compositor Paulinho da Viola para sua resposta. O ministro leu um conselho que encontrou na canção Argumento:
— “Faça como um velho marinheiro, durante o nevoeiro leve o barco devagar”. É um mar revolto. Vamos passar na marcha certa. Nem tão parado que possa ser arrastado, nem tão acelerado que possa cair num cachoeira. Vamos todos com os números, que a gente pode achar um porto.