Um caso de preconceito relatado no Facebook deixou a companhia aérea americana Alaska Airlines sob ataque. David Cooley, dono de um popular bar gay em Los Angeles, contou que ele e o namorado estavam em seus assentos premium a bordo do voo 1407 no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, quando uma comissária de bordo se aproximou. Ela, então, pediu que seu namorado renunciasse ao seu assento premium e fosse para a classe econômica para que um casal heterossexual pudesse sentar um ao lado do outro.
Cooley disse ao atendente que eles também eram um casal e queriam se sentar juntos. Ainda assim, foi dada uma escolha a seu parceiro: mudar de assento ou sair do avião.
"Não pudemos suportar a sensação de humilhação em um voo que atravessaria o país e deixamos o avião", afirmou Cooley em um post no domingo (29). “Não posso acreditar que uma companhia aérea hoje em dia dê a um casal hétero tratamento preferencial em relação a um casal gay e vá tão longe a ponto de nos pedir para sair.”
A Alaska Airlines, desde então, pediu desculpas e informou que está investigando o caso. "Este infeliz incidente foi causado por um erro de assentos, combinado com um voo lotado e uma tripulação em busca de uma partida pontual, nada mais do que isso", explicou a companhia aérea. “É nossa política manter todas as famílias juntas sempre que possível; isso não aconteceu aqui e lamentamos profundamente a situação. Entramos em contato com o Sr. Cooley para nos oferecer sinceras desculpas pelo que aconteceu e estamos tentando corrigir o problema. A Alaska Airlines tem uma política de tolerância zero para discriminação de qualquer tipo”, acrescentou a empresa. As informações são do jornal Washington Post.
A companhia também informou que tem um histórico de apoio aos direitos LGBT, citando a classificação perfeita dada pela Human Rights Campaign às políticas da empresa para promover a diversidade e prevenir a discriminação contra funcionários LGBT. O site da empresa também tem uma página exclusiva de "planejamento de viagens LGBT". "A diversidade e a inclusão fazem parte do tecido da Alaska Airlines", argumentou a companhia, acrescentando que trabalha com organizações LGBTQ sem fins lucrativos.
Em seu post no Facebook, que foi compartilhado cerca de 4,2 mil vezes até esta terça-feira (31), Cooley contou que ele e seu namorado voaram para Los Angeles a bordo de um voo da Delta Air Lines. Ele jurou nunca mais voar na Alaska Airlines e pediu que seus amigos fizessem o mesmo.