Território das fabulosas cerejeiras, de povo gentil e atencioso, o Japão recebe a homenagem de nossos leitores nesta edição.
Troco o café pelo chá
Depois de passar 15 dias viajando pelo Japão, já chegamos ao aeroporto planejando a volta. Para percorrer o país, compramos um passe ilimitado de trem, que permitia que transitássemos em alta velocidade para destinos conhecidos, como Kyoto e Hiroshima, e cidades menos óbvias, como Takayama e Matsumoto, nos alpes japoneses. As constantes eram a dificuldade de encontrar alguém que falasse inglês, café ruim, chá espetacular, gentileza e um esforço incrível de se fazer entender. Os grandes aliados da viagem foram o roteador portátil que alugamos pela internet e o Google Tradutor, com a função de fotografar palavras e traduzi-las: essenciais para quem não fala japonês, já que a maioria dos restaurantes não oferece cardápio em outras línguas. As dificuldades de comunicação eram superadas a cada encontro com os nativos: recebi carona no guarda-chuva de uma senhorinha que era pelo menos 30 centímetros menor do que eu quando uma chuva rápida caiu sobre Tóquio; quando comprei um bilhete errado no metrô, um funcionário devolveu o dinheiro e saiu de sua cabine para ajudar a escolher o certo; crianças pediam para tirar foto conosco, os diferentões ocidentais, e perguntavam sobre o Brasil. A experiência ficou completa com a estadia em um ryokan, uma espécie de hospedaria tradicional japonesa, com chão de tatami e futon em vez de cama. Não pensaria duas vezes em trocar o expresso por chá verde e voltar à terra do sol nascente.
Gabriele Branco, jornalista, viajou ao Japão em setembro de 2014.
A foto foi tirada em Kinkaku-ji (Templo do Pavilhão Dourado), um dos maiores ícones de Kyoto, e designado Patrimônio da Humanidade em 1994. A visita ao Kinkaku-ji nos faz sentir uma paz inexplicável. Sua cor dourada, a natureza ao redor e o seu reflexo no lago são de grande beleza e contemplação. O dia ensolarado tornou ainda mais bela a experiência!
Da esquerda para direita, Luciana Ceccim Morales, Elizabeth Fragni, Delvia Kantorski e Sabrina Becker, em março de 2017
Aos 77 anos, resolvi embarcar para o Japão e a China com um grupo de pessoas da minha idade que também amam viajar. Quando chegamos, estava muito frio, e o nascer das flores de cerejeira demoraram um pouco mais do que o habitual. Quando floresceram, por onde passávamos era uma beleza única. Sakura é o nome que se dá às cerejeiras e à época de florescimento, entre final de março e início de abril.
Dolores Auler Fluck, em abril de 2017
De Asakusa, perto do templo Kaminarimon, em Tóquio, é possível pegar um metrô para ir à estação de Shibuya, que é enorme e tem inúmeras atrações ao redor. Uma delas é a estátua em homenagem ao Hachiko (foto), cachorro que teve sua história retratada no filme Sempre ao seu Lado devido à sua lealdade ao dono. Perto da estátua, está o famoso cruzamento de pedestres que é dito como o mais lotado do mundo. As opções de compras e locais para se comer nessa região são inúmeras.
Bianca Accorsi, em janeiro de 2016