Dos cafés de Viena até aos Alpes próximos de Innsbruck, passando pelos concertos de música clássica no verão nas praças de Salzburgo e pelos passeios por Graz, cidade de desenho, ou pelos roteiros de bicicleta nas margens do Danúbio, em Linz. O pequeno país do centro da Europa tem inúmeras ofertas culturais que englobam do mais clássico ao moderno.
Viena, capital de um império
Foi capital de um dos maiores impérios da Europa até a I Guerra Mundial. Ainda que hoje seja apenas a capital de Áustria, o glamour e esplendor de épocas passadas permanecem na cidade, para deleite dos seus visitantes.
Viena está cheia de palácios, ruas pedonais, monumentos históricos e cafés com séculos de história, mas também de modernos museus porque, pouco a pouco, a maior cidade austríaca voltou a tornar-se a capital de um império, mas, neste caso, cultural.
Atrações tradicionais que nenhum viajante deve deixar de conhecer em uma primeira vez em Viena: além da Galeria Albertina, a Ópera, que oferece visitas guiadas para turistas e, sobretudo, o Palácio Imperial de Hofburg (foto acima), construído durante séculos pelas casas reais do país e onde se pode visitar o Museu Sisi e os quartos imperiais. Outros pontos obrigatórios são os palácios Belvedere e Schönbrunn, este especialmente agradável nos dias de sol, para passear pelos seus jardins.
A oferta de museus de Viena abarca todos os tempos, desde os mais clássicos até aos mais modernos. No MuseumsQuartier (foto abaixo), área de 60 mil metros quadrados em pleno centro da cidade, há o museu Leopold, com a coleção mais importante do mundo do pintor Egon Schiele, e o Museu de Arte Moderna Ludwig Wien (Mumok).
Há ainda o edifício Secession, construção emblemática e sede de um movimento cultural do início do século 20 que rompeu com as convenções estéticas da época e do qual participaram artistas como o pintor Gustav Klimt.
Salzburgo, cidade de música
Mais de 4 mil eventos culturais, muitos deles musicais, são realizados nesta cidade austríaca de 150 mil habitantes. Há mais de uma década este antigo principado governado por arcebispos com 20 igrejas barrocas é Patrimônio da Humanidade.
A catedral e seu museu, em parte restaurados depois da destruição na II Guerra Mundial, situados no centro barroco da cidade, podem ser um ponto de partida. No interior da Catedral, cinco órgãos transformam algumas das missas, como as dos domingos, em um autêntico concerto.
Mas, sem dúvida, o que domina a vista desde qualquer ponto é a imponente fortaleza de Hohensalzburg (foto acima), cuja construção foi iniciada no século 11 e é cartão-postal da cidade. Acessível a pé ou de funicular, o museu da fortaleza oferece as melhores vistas de Salzburgo e seus arredores, com panorâmicas espetaculares no inverno e no verão.
Linz, tecnologia e o Danúbio
Museu dedicado à arte e à tecnologia, o Ars Electronica Center (foto) colocou Linz nas rotas turísticas da Áustria e é uma referência mundial. Visite também o museu do Castelo, na parte antiga da cidade, que oferece excelentes vistas de Linz e do Rio Danúbio no seu caminho para Viena.
A vida cotidiana gira em torno de Landstrasse, a rua principal, que termina na Praça Central rodeada de casas antigas de comerciantes em cores vivas. Ali, pode-se comprar, em várias padarias, a famosa linzertorte, a receita de torta mais antiga do mundo. Não muito longe dali, o museu Nórdico é indicado para os interessados em conhecer a história da cidade desde a pré-história.
Innsbruck, tesouro alpino
Quarta maior cidade da Áustria, Innsbruck mostra no inverno a sua melhor cara, graças a uma ampla oferta cultural, gastronômica, comercial e de atividades de montanha. Foi a cidade imperial dos Habsburgo e hoje é um dos centros de esqui mais importantes da Europa, além de capital do Tirol.
Suas paisagens, as mesmas que fizeram com que Maximiliano I se mudasse de Viena para a tornar capital do império, são talvez o maior atrativo. Na praça central, está o Telhado de Ouro, que o imperador construiu com 2.657 telhas banhadas no metal precioso, a Torre da Cidade e o Palácio Imperial. A menos de 10 minutos dali, é possível pegar o funicular e teleférico Nordkette, que sobe até ao pico Hafelekar, a 2.250 metros de altura, onde se pode disfrutar de uma vista sobre os Alpes.
Outra das novas atrações é a exposição Crystal World, da marca de joias Swarosky, que tem na cidade uma das suas fábricas.
Graz, cidade do desenho
É uma das 12 cidades do mundo denominadas pela Unesco como Cidades do Desenho. Uma forma interessante de conhecer esse destino é caminhar a partir da cafeteria situada no terraço de Kastner & Öhler e passar pelos grandes armazéns da cidade, situados na Rua Sacks - eles oferecem uma vista impressionante.
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A menos de cem metros, está a Câmara Municipal e a praça central (HauptPlatz), onde começa a Herrengasse, rua das principais lojas e o museu Landeszeughaus. Quase em frente, está a Casa Pintada (Gemalten Haus), cuja fachada tem 220 metros de afrescos do século 17. Por trás desses edifícios da Herrengasse, há becos e pátios interiores com lojas de produtos de desenho e gourmet.
Uma praça muito popular nessa zona é a Glockenspielplatz (praça do campanário), onde um sino de 1905 toca várias melodias três vezes ao dia. Muito perto está a Catedral, cujas primeiras pedras datam do século 15 e que tem uma mistura de estilos gótico e barroco.
Dicas
- A companhia ferroviária da Áustria (OBB) oferece um produto designado Austria Rail Pass, que permite utilizar todos os trens do país durante três, quatro, cinco ou oito dias no período de um mês. Informações em www.oebb.at/en.
- A companhia privada WestBus (www.westbus.at/en) oferece trens e ônibus entre as cidades da Áustria a preços imbatíveis. Os percursos Áustria-Linz e Graz-Linz, por exemplo, custam 22 euros.
- Quanto a guias de viagem, o site do turismo da Áustria (www.austria.info/es/planificacion-de-viaje) permite fazer download de folhetos completos em PDF.
- A Áustria é tax free e oferece devolução do IVA (20%) na compra de produtos que saiam do país, a partir de 75 euros: moda, joias, instrumentos musicais, livros etc.
- Mais informações: www.austria.info/br
*Diretor de comunicação da IE Business School, em Madri, Igor Galo também escreve sobre turismo há 15 anos
