Fazia muito tempo que queria conhecer Antônio Prado, desde o tempo do filme O Quatrilho, em 1995. Surgiu um casamento para irmos em Caxias do Sul, e o pretexto estava criado.
A cidade é considerada a mais italiana do Brasil. Na chegada, paramos para almoçar em uma galeteria, e reparei que muitas pessoas falavam italiano. Por sinal, esta é a primeira dica: como Antônio Prado fica a 45 quilômetros de Caxias em direção a Vacaria, aproveitamos para almoçar antes da entrada da cidade. A Nostra Cantina (ERS-122, km 122) é muito gostosa e oferece cardápio completo, com polenta frita, galeto e vários tipos de massa em um ambiente bem agradável.
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Antônio Prado foi a última colônia italiana criada no período imperial, em 1886, e hoje conta com o maior e mais completo conjunto arquitetônico da colonização italiana no Brasil, com 48 imóveis do centro urbano tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Pena que esse patrimônio é permeado por construções de gosto, no mínimo, duvidoso, o que acaba estragando um pouco o conjunto. Mas valeu a experiência. Os 14 mil habitantes têm muito orgulho e mantêm com capricho suas casas de madeira.
Cascatas da Usina. Foto: Mylene Rizzo, arquivo pessoal
Na época de O Quatrilho, as ruas foram cobertas com areia, e os postes, retirados, para dar o clima de época. No centro de informações, há algumas fotos desse período. A praça central tem uma bela igreja, a matriz do século 19, bem mais recente do que o casario, mas também muito bem cuidada.
Aproveitamos para andar pelo interior e descobrimos as cascatas da Usina bem perto do centro, a uns três quilômetros. O visual é legal em meio às fazendas com parreirais e outras culturas familiares.
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O pórtico, um dos raros de bom gosto que já vi, despede-se em bom italiano. Mais uma dica para sair do sofá no final de semana.
*Mylene Rizzo é uma das autoras do blog Viajando com Arte
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