Em novembro de 2007, em viagem ao Egito, no primeiro dia da excursão, ainda sob o impacto da recente chegada, saímos para visitar o Museu Egípcio, Mênfis, a pirâmide de Sakara, além de visitar uma escola de tapeçaria. Ou seja, passamos um dia intenso e fora do hotel. À noite ainda iríamos assistir ao espetáculo de luz e som das três grandes pirâmides.
Assim, ao chegarmos de volta ao hotel, já quase ao anoitecer, tínhamos pouquíssimo tempo para um lanche, banho e troca de roupa, já que o espetáculo obviamente não iria esperar por nós. E eu ainda precisava trocar dinheiro no lobby do hotel. Tratei, pois, após efetuar o câmbio, de pedir um lanche na lanchonete do hotel, enquanto minha mulher subia ao apartamento. Não demorou muito, ela voltou, dizendo que não tinha podido acessar o apartamento e que no trinco havia um bilhete dizendo para nos dirigirmos à recepção. Foi o que fizemos.
Fomos, então, encaminhados à gerência, e uma funcionária nos acompanhou ao apartamento, onde constatamos a razão pela qual a porta estava trancada: é que havíamos deixado a porta do cofre aberta. Imaginem o susto, pois no cofre havíamos deixado praticamente todo o dinheiro que havíamos levado, bem como passagens, passaporte, vouchers e alguns pertences. O apartamento estava exatamente como o havíamos deixado, sem nem ter sido arrumado, ou seja, a camareira, ao verificar que o cofre estava aberto, simplesmente trancou a porta do apartamento e comunicou o fato à gerência. A funcionária, então, pediu-me que examinasse se tudo que havíamos deixado no cofre estava lá e, para meu alívio, nada estava faltando. Aliviado, agradeci imensamente pela honestidade da camareira e ofereci uma recompensa.
Chegamos atrasados no ônibus, desculpando-nos e narrando o que havia acontecido. O surpreendente é que, apesar de tudo isso, uma companheira de excursão, que estava sentada próxima de nós e que, portanto ouviu tudo, no dia seguinte repetiu o acontecido conosco.