Em maio de 2010, minha amiga e eu fomos passar as férias na Europa. Como ambas tínhamos curiosidade de ir à Itália, começamos nosso roteiro por Roma. A primeira surpresa se deu na esteira do aeroporto de Fiumicino: só a minha mala chegou. Depois de uma hora esperando, fomos obrigadas a registrar o extravio da bagagem, informando endereço do hotel e tudo o mais. Nosso primeiro ponto visitado na cidade, depois do hotel, foi uma loja para compra de algumas roupas para ela, pois estávamos há quase 24 horas viajando.
Dois dias depois, finalmente, a mala chegou, e pudemos curtir mais nosso passeio.De Roma, fomos a Veneza, conhecer os canais mais famosos do mundo. Após pegar o barco-ônibus e chegar à nossa parada, descobrimos que o hotel ficava do outro lado de uma das pontes que atravessam o canal principal, e que ali só havia degraus, nenhuma rampa... Lá fomos nós com nossas imensas malas, subindo e descendo escadas até chegar ao outro lado.
A parte boa é que o hotel era logo ali, pois as malas não eram nada leves (mulher, em férias, por 30 dias!). Ficamos hospedadas um dia em Veneza e, no outro, já partiríamos para Alicante, nosso primeiro roteiro na Espanha. Nos preparamos psicologicamente e lá fomos nós encarar os degraus da bendita ponte.
Mas, para surpresa, o que aconteceu? As rodinhas da mala da minha amiga, aquela que já havia demorado dos dias pra chegar a Roma, despencaram. O jeito foi a gente se virar, pois não podíamos perder o ônibus até o aeroporto. Enquanto andávamos com a minha mala,
ainda inteira, íamos carregando a outra, na mão mesmo, com uns 25kg. Durante a travessia de barco, correu tudo bem.
Porém, quando desembarcamos, tivemos de fazer uma caminhada até o terminal de ônibus para achar o que nos levaria até o aeroporto, e não tínhamos como carregar a mala naquela confusão de gente e carros. O jeito foi eu ir na frente, com a minha mala ainda viva, e ir guiando minha amiga, que equilibrava a mala em uma rodinha bamba, andando de costas para que não caísse.
Para nossa aventura ficar maior, o ponto do ônibus era do outro lado. E, então, enquanto uma ia olhando para os dois lados, a outra vinha de costas, para equilibrar a mala e não ser atropelada, sob um sol de 40 graus. Depois de colocarmos as malas no bagageiro, suadas e cansadas, decidimos nossa primeira visita em Alicante:uma loja para comprar uma mala nova.
Se você for a Veneza de mala, fica uma dica: leve uma com rodas bem reforçadas!
*Funcionária pública, 32 anos