Um desrespeito à lei de trânsito que coloca em risco os demais motoristas: no último domingo (16), 150 condutores acabaram autuados por trafegar pelo acostamento da Freeway, em um momento em que o trecho não estava liberado. Em um dia, a média é muito menor, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não chegando a dez multas aplicadas para essa infração.
Com a chegada de mais um final de semana em que se espera quase 50 mil automóveis na rodovia, a polícia emitiu uma nota de alerta, reafirmando o reforço na fiscalização. A PRF também reitera os momentos em que a faixa extra da BR-290 é liberada: quando há condições de clima favoráveis, sem chuva forte ou neblina densa e sem acidentes no trecho. Para informar a liberação, as luzes dos postes à direita da rodovia são colocadas em amarelo piscante.
— O uso do acostamento é uma exceção. É um local de segurança. Só se faz quando precisa muito, com pista limpa — complementa o chefe da comunicação social da PRF, Felipe Barth.
Na data em que as multas ultrapassaram em quinze vezes a média, um temporal com muito vento foi registrado entre os municípios de Osório e Glorinha. A visibilidade era baixa, o que tornou insegura a autorização de uso do acostamento, argumenta a PRF. A reportagem de GZH estava na rodovia entre a tarde e noite do domingo, e constatou um número elevado de veículos infringindo a norma. Alguns deles, veículos pesados, como ônibus de turismo e caminhões. A área pode ser usada somente por motos e carros de passeio.
Cinco acidentes aconteceram entre 15h e 21h, o que contribuiu para a manutenção da proibição, e aumentou a ansiedade de quem teve de encarar até 15 quilômetros de congestionamento.
A liberação da Freeway ocorre em conjunto: a concessionária CCR Via Sul - administradora da autoestrada - verifica a necessidade e pede autorização da PRF. O contrário também pode ocorrer, se os agentes notarem primeiro a chance de ampliação da pista em condições favoráveis.
O acostamento tem velocidade máxima de 70 km/h.
A multa por trafegar irregularmente nessa área é gravíssima, com retirada de cinco pontos da carteira de habilitação e pagamento de R$ 880,41. Quem, além de circular, ultrapassar pelo acostamento, comete infração gravíssima triplicada, tem sete pontos descontados da CNH e passa a dever aos cofres públicos R$ 1.467,35.