Na primeira semana da Operação Verão no Rio Grande do Sul, guarda-vidas contabilizam poucos salvamentos - até o momento, 17 casos - e aumento de pessoas com lesões por água-viva - ao todo, 839 registros. O balanço divulgado neste sábado (25) é do período entre os dias 18 de dezembro, quando iniciou de fato o trabalho nas guaritas de todo o Estado, até sexta-feira (24).
Em relação aos salvamentos, das 17 ocorrências, 14 foram no Litoral Norte, sendo Capão da Canoa a praia com maior incidência de casos. Outras duas ocorrem no Litoral Sul e uma em águas internas. O número é quase igual ao do verão passado até este período, quando ocorreram 14 resgates.
Os guarda-vidas lembram que são duas edições em meio à pandemia, por isso os números ainda são inferiores ao mesmo período de 2019, quando já havia 44 salvamentos e as praias estavam mais lotadas nos primeiros dias da Operação.
O chefe de operações do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), tenente-coronel Isandré Antunes, faz questão de lembrar que os banhistas devem ficar perto de guaritas e tomar todos os cuidados possíveis.
— Não entrar no mar ou rios e lagoas e açudes após ingerir bebida alcoólica e grande quantidade de alimentos. Cuidar das crianças, mantenham elas perto, na distância de um braço e, a velha dica, sempre com água até o umbigo — explica Antunes.
Nesta primeira semana, também foram localizadas cinco pessoas perdidas em praias gaúchas. Além disso, equipes realizaram trabalhos preventivos na beira-mar sobre riscos na água.
Água-viva
Outro cuidado do CBM é com lesões com água-viva, que somam 839 casos em sete dias contra apenas 150 no mesmo período da temporada passada. Neste verão, atenção para Cassino, com 155 registros; Tramandaí, com 154, e Capão da Canoa, com 150. Inclusive, no Cassino houve alerta de infestação, mas a situação já melhorou. Nas outras praias, os casos foram distribuídos ao longo da semana.
Assim como salvamentos, as lesões por água-viva neste verão e no anterior são bem inferiores aos casos de 2019, durante o mesmo período. Por ter mais pessoas na praia em um período sem pandemia, a primeira semana da Operação Verão de dois anos atrás tinha mais de 10,6 mil casos.
Os guarda-vidas estão colocando bandeiras roxas nos pontos com infestações e, em caso de ferimento, alertam para não esfregá-lo, passar água salgada, retirar com cuidado filamentos que possam ficar na pele e fazer compressas com vinagre.
Nesta edição da Operação Verão, entre militares e civis temporários, são 950 guarda-vidas em 209 postos de salvamento no Litoral Norte e 30 no Sul. Além de 36 guaritas em águas internas do Estado.