Nem a chuva que cai no Litoral Norte consegue encerrar uma festa que ocorre na beira da praia de Capão da Canoa nesta sexta-feira (12). Dezenas de pessoas com caixas de som dançavam na areia, todas sem máscara e muito próximas umas das outras, tudo que as autoridades não queriam e que temiam.
Mesmo com o anúncio de fiscalização reforçada pelas prefeituras e pela Brigada Militar (BM), a aglomeração se formou e, até o final da tarde, não havia sido desfeita. Ao som de funk e música eletrônica, o Carnaval rolava solto na beira da praia, mesmo quando a chuva inclusive apertou. Sem seguir qualquer protocolo de cuidados durante a pandemia, os foliões faziam uso de bebidas alcoólicas e, alguns, de maconha.
Quatro policiais militares estiveram no local e apenas acompanharam de longe. GZH entrou em contato com o comando da BM e aguarda retorno. A prefeitura disse que vai aumentar a fiscalização, mas que não conseguiria fazer essa dispersão somente com esses profissionais. Teria que contar com a ação da BM.
"A prefeitura vai reforçar a fiscalização nos principais pontos da área central da cidade, atuando em conjunto com a BM, mas é fundamental que todos façam a sua parte e evitem essas aglomerações que descumprem todos os protocolos", informou a prefeitura, por meio de sua assessoria de imprensa.
Às 18h40min, aproximadamente, a BM enfim dispersou a aglomeração.
Capão da Canoa é a cidade gaúcha com maior incidência de casos de coronavírus para 100 mil habitantes. São 7.555,3. A cidade acumula 77 mortes. É uma das maiores taxas de mortalidade por 100 mil habitantes.