Um homem de 43 anos foi mordido no pé por um animal marinho enquanto surfava em uma praia do litoral norte de Santa Catarina no domingo (24). O Corpo de Bombeiros Militar de Navegantes foi acionado para atendê-lo e, de acordo com especialistas, o ferimento tem marcas características de mordida de tubarão. As informações são do portal G1.
Aos socorristas, o homem relatou que estava em cima da prancha de surfe quando sentiu a mordida e logo após se dirigiu até a faixa de areia para receber o primeiro atendimento. Ele foi levado para o hospital da região com sinais vitais estáveis e consciente.
No entanto, o surfista e os guarda-vidas não conseguiram ver qual animal teria provocado o ferimento. Ao G1, a assessoria do Corpo de Bombeiros da região informou que como ninguém viu o animal, não é possível afirmar ou descartar que tenha sido um tubarão:
— Ressalto que foi uma ocorrência pontual e que não temos registro desse tipo de atendimento na cidade de Navegantes. No litoral de Santa Catarina, existem algumas espécies comuns, como cação, tubarão-anjo e tubarão-mangona, porém, neste caso, não é possível afirmar de qual animal marinho se trata.
O oceanógrafo e professor Jules Soto analisou a imagem do ferimento e afirmou que há sinais de perfurações por dentes na parte superior e inferior do pé do surfista, o que caracteriza uma mordida.
— A única foto que chegou até mim reúne todas as características de uma “mordidela” desferida por um tubarão mangona (Carcharias taurus), ressaltando que este animal costuma se alimentar de peixes de pequeno e médio tamanho, capturando-os com um rápido bote, desferido com grande rapidez e propiciado pela grande capacidade que esta espécie tem de projetar as maxilas — explicou Soto.
No entanto, apesar da compatibilidade com uma mordida de tubarão, não é possível definir o tamanho do animal. Otto Gadig, professor da Universidade Estadual Paulista e especialista em tubarão, ressaltou que o caso não é motivo para preocupação entre os banhistas da região.
— Algumas espécies de tubarões são comuns em Santa Catarina. No verão, algumas espécies se aproximam mais da costa, o que aumenta as chances de encontros com humanos. Ataques são extremamente raros e, a menos que isso se repita em curto prazo, nada tem de anormal no ocorrido — concluiu.