Os guarda-vidas que começam a atuar nas praias do Rio Grande do Sul estão recebendo uma orientação diferente nesta temporada: evitar o procedimento popularmente conhecido como respiração boca a boca. A medida pretende proteger os profissionais da covid-19.
Segundo o comando do Corpo de Bombeiros, a prática já é rara nos salvamentos devido aos equipamentos usados no resgate e na reanimação de banhistas com parada respiratória e cardíaca, como os desfibriladores.
— A orientação é evitar o contato boca-nariz com a vítima, tentar fazer o salvamento usando todos os meios disponíveis, como pranchão, moto aquática e embarcação. Tudo até chegar ao contato direto corpo a corpo, com o uso do flutuador e a abordagem propriamente dita — afirma o o Comandante do 9° Batalhão de Bombeiros Militar, tenente-coronel Claudio Morais.
As guaritas, a atuação em duplas e a patrulha circulando na areia são meios que devem ser mantidos para garantir agilidade nos casos graves. Ainda assim, dependendo da avaliação do guarda-vida, a respiração boca a boca poderá ser empregada com o risco calculado pelo profissional.
Nas praias catarinenses, a orientação dos bombeiros é a mesma, o que deve acrescentar a complexidade do atendimento.
— Até que cheguem instrumentos como máscaras, reanimadores, entre outros, para este momento não está indicada a ventilação boca a boca. Isso apesar de que já se teve contato com a vítima que estava em meio líquido — diz o comandante da 1ª Região de Bombeiro Militar de Santa Catarina, coronel César de Assumpção Nunes.