O fim do horário de verão, decretado pelo presidente Jair Bolsonaro em abril, não muda apenas os hábitos de acordar ou dormir. Com a proximidade do período em que os gaúchos rumam ao veraneio, é preciso atenção ao período de exposição ao sol, já que algumas recomendações levavam em conta o adiantamento dos ponteiros.
— Sem o horário de verão, devemos evitar a exposição solar entre 10h e 15h, faixa em que a radiação ultravioleta está mais forte. A radiação ultravioleta A é constante durante todo o dia, mas a radiação ultravioleta B é mais forte entre as 10h e 15h, com pico de incidência ao meio-dia. Ela que é responsável pelas queimaduras solares, por isso devemos evitá-la ao máximo — explica a dermatologista Taciana Dal' Forno Dini, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Rio Grande do Sul.
Já em relação a outros problemas referentes a alterações do ritmo biológico, quem comemora a extinção da mudança é o neurologista Geraldo Rizzo. Coordenador do Núcleo de Distúrbios do Sono do Hospital Moinhos de Vento, ele explica que, nas duas primeiras semanas depois de mudar o horário, as pessoas costumavam ficar mais mal humoradas, estressadas, com baixas cognitivas:
— Já existem estudos demonstrando que, inclusive, aumentava o número de acidentes na segunda seguinte (ao adiantamento de uma hora). É uma mudança (o fim) que só é benéfica, em todos os sentidos.