Desde o início da Operação Verão 2020 no litoral do Estado, o Rio Grande do Sul já registrou quatro mortes por afogamento. Só no Natal, nesta quarta-feira (25), foram três casos, dia em que o Estado teve alta temperatura. O Corpo de Bombeiros alerta para o fato de todos os óbitos foram em rios ou lagoas, em áreas que não tem atuação dos guarda-vidas.
Nesta quarta-feira, em São Sebastião do Caí, no Rio Caí, o corpo de um menino de seis anos foi encontrando por mergulhadores dos bombeiros voluntários após 45 minutos de buscas. Apesar de ser um local muito frequentado por banhistas, chamado de Várzea do Rio Branco, não tem atuação de guarda-vidas. O nome da criança não foi divulgado. Outro caso ocorreu com Davi Clementel Rodrigues, 23 anos. Ele morreu afogado neste Natal, enquanto tomava banho com amigos no Rio Taquari, no interior de Venâncio Aires, Vale do Rio Pardo. Natural de Bom Retiro do Sul, ele deixa companheira e um filho pequeno. Já em Campo Bom, no Vale do Sinos, pescadores encontraram o corpo de um homem de 26 anos no Rio do Sinos, também em um local sem atuação do Corpo de Bombeiros. O nome dele ainda não foi divulgado e o caso foi atendido posteriormente pela Brigada Militar. A quarta morte foi a de uma senhora de 59 anos na Lagoa do Bacopari, em Palmares do Sul, Litoral Norte, no sábado passado.
O major Isandré Antunes, do Corpo de Bombeiros, diz que, nos pontos de atuação dos guarda-vidas, não houve mortes por afogamento no período e foram 46 salvamentos desde o último sábado — 38 no Litoral Norte, sete em águas internas e um no Litoral Sul — . Se comparado com o início da Operação Verão no ano anterior, também não houve registro de óbito por afogamento. Isso que no verão passado, a operação começou seis dias antes, dia 15 de dezembro de 2018. Antunes lembra que o Estado tem 210 guaritas no Litoral Norte, outras 30 no Litoral Sul e mais 43 nas chamadas águas internas, em rios e lagoas. Segundo ele, as pessoas devem procurar sempre pontos onde há postos dos guarda-vidas, principalmente em períodos com altas temperaturas. Segundo ele, muitos fatos envolvem vítimas que ingeriram bebida alcoólica, não que seja o caso destes óbitos registrados desde sábado. Além disso, Antunes lembra que é preciso respeitar também os horários de atuação dos bombeiros nos postos para evitar maiores riscos.