Apesar da maior preocupação ter sido nos primeiros dias do verão, principalmente durante o feriado do Ano-Novo, os casos de pessoas feridas por águas-vivas no mar continuam acontecendo e gerando alerta. Em média, há 66 pessoas envenenadas por hora após o contato com estes animais. São, ao todo, 95.743 ocorrências registradas pelos guarda-vidas entre 15 de dezembro de 2018, quando começou a Operação Verão, e 13 de fevereiro deste ano.
Segundo dados dos Bombeiros, essas ocorrências não eram contabilizadas até a temporada passada, o que começou neste verão em função do grande número de casos na orla. O motivo da grande incidência destes animais no litoral, principalmente nos últimos cinco anos, conforme pesquisadores, ainda é alvo de estudos. Uma das explicações em análise é o fato de as praias gaúchas serem ambientes férteis e com grande número de alimentos para as colônias.
Coordenador da Operação Verão, major Claudio Morais destaca ainda fatores como temperatura da água, correntes marítimas e vento, entre outros, o que ainda depende de uma análise precisa. Por isso, ressalta que há dias nos quais ocorre uma estabilização dos casos. Em outros, banhistas voltam a ter contato com as águas-vivas.
– Eu sempre digo que, além do protetor solar e da água, o banhista vai ter que levar sempre para a praia um frasco com 50% de água e 50% de vinagre para estancar o envenenamento – lembra Morais.
No caso de contato com as águas-vivas, os veranistas não devem esfregar com as mãos a área afetada porque o veneno vai se espalhar ainda mais. Em casos avaliados como mais graves, podem causar febre e outros problemas. Nestas situações, sempre é recomendado procurar um médico. Os veranistas também devem ficar atentos às bandeiras de cor roxa ou púrpura, conforme os guarda-vidas, colocadas por eles na beira da praia em áreas infestadas por estes animais.