Veranistas e moradores de Balneário de Pinhal, no Litoral Norte, começaram 2019 tendo que conviver com o lixo acumulado em frente às casas. Há relatos de falta de coleta há pelo menos uma semana na cidade.
De acordo com a prefeitura, o motivo é a impossibilidade de colocar mais caminhões para fazer a coleta devido a determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Conforme o tribunal, existe um apontamento do TCE-RS nas contas da gestão de 2015 do antigo prefeito que trata da coleta de lixo no Município.
Durante o inverno, quando a população da cidade é de 24 mil habitantes, o contrato com a empresa terceirizada prevê quatro caminhões para a realização da coleta do lixo. No verão, quando o número de habitantes quadruplica e passa dos 100 mil, eram postos mais dois veículos para fazer o serviço, o que não foi realizado neste veraneio. Segundo a prefeitura, havia risco de sofrer multa por parte do Tribunal de Contas. O tribunal apontou irregularidades na licitação para coleta de resíduos sólidos e determinou que o então prefeito, Luiz Antônio Palharin , ressarça R$ 110 mil aos cofre públicos. O próprio Município tem o dever de realizar a cobrança.
Morador de Canoas, Ataíde Raul Schunck, 75 anos, veraneia há mais de 20 anos em Pinhal e disse que nunca tinha visto situação tão ruim. Ele chegou sábado (29) na praia e até esta quinta-feira (3) o lixo não havia sido recolhido. Inclusive, o retorno para casa foi antecipado devido ao problema.
— O cheiro é insuportável. Tem muita mosca, a gente não consegue ficar sentado no pátio que as moscas ficam rondando. Eu ia voltar somente domingo, mas vou retornar no sábado — disse o veranista.
A prefeita Marcia Rosane Tedesco de Oliveira esteve reunida com a empresa Engesa, responsável pela coleta, e chegou a um acordo. Uma equipe extra será colocada para realizar o trabalho nesta sexta-feira (4). A partir das 5hrs, ao invés de um, dois caminhões irão percorrer as ruas do balneário.
A previsão é normalizar a situação no sábado (5).