Em levantamento preliminar feito pela Operação Golfinho e Universidade Feevale entre os dias 1º e 10, Tramandaí lidera o ranking de incidência de mães-d'água no Litoral Norte do Estado, com um terço do total de ocorrências: foram seis casos na cidade dos 17 registrados em todas as praias. Outros quatro ocorreram em Xangri-lá, três em Cidreira, dois em Pinhal e um em Arroio do Sal e Imbé, cada.
Projeto mapeia incidências de mães-d'água
Na terça-feira, a bandeira de cor roxa - colocada por salva-vidas desde o começo do mês quando há casos de queimaduras por medusas - chamou a atenção de banhistas em frente à guarita 146 de Tramandaí. A instalação do mastro à beira-mar ocorreu após duas crianças terem sido atingidas na água.
- São surtos. As águas-vivas ficam um período e depois saem. Na virada do ano, com muita gente no mar por causa do calor, e a água mais limpa e quente, ocorreu uma infestação - recorda o comandante dos salva-vidas de Tramandaí, tenente Dimas Gottardo.
Somente nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, Gottardo contabilizou 50 vítimas na área central do balneário, entre as guaritas 145 e 146. O fenômeno registrado neste veraneio é considerado normal para a época: quando a temperatura amena do mar oferece as condições ideais para que as águas-vivas se alimentem e se reproduzam.
Fui atingido. O que fazer?
- Procure a guarita de salva-vidas mais próxima.
- Os salva-vidas farão o primeiro atendimento, aplicando vinagre sobre a queimadura para amenizar a ardência e estancar que o veneno se espalhe.
- Depois do socorro, a vítima deve responder às perguntas dos salva-vidas para preenchimento de um formulário com 13 questões: se a ocorrência foi individual ou surto, qual a unidade de saúde de atendimento, o nome do paciente e da mãe, data de nascimento, dia da notificação, idade, sexo, endereço, telefone, local do acidente, partes do corpo atingidas e satisfação quanto ao atendimento.
- Conforme a dimensão da lesão ou a reação alérgica da vítima, os salva-vidas orientam que se busque atendimento médico.
- Com os dados de incidência de queimaduras causadas por mães-d'água entre 1º de fevereiro e 1º de março, serão organizadas estatísticas sobre os casos no Litoral Norte.
- Os índices servirão para que a Operação Golfinho, a partir do fim de 2015, promova campanhas de prevenção.