Por Marco Maia, presidente da Câmara Federal
Político recorda a descoberta do litoral, já na adolescência, e as brincadeiras com irmãos, primos e amigos durante as férias de verão.
Passear na casa dos tios em Canoas, ler as histórias de Monteiro Lobato e gibis, além de jogar bola e taco com os amigos era a minha diversão nas férias de verão. Dos seis aos 15 anos moramos em Santa Cruz do Sul. De família simples, não viajávamos no verão, e só conheci a praia na adolescência.
O passeio das férias era ir para a casa dos tios em Canoas, às vezes passávamos o mês inteiro lá. Confesso que uma de nossas maiores diversões era o jogo de futebol, jogávamos quase todos os dias e sempre aparecia um novo amigo para a partida do dia seguinte.
Comecei a trabalhar cedo e recordo do início da minha adolescência como um período de descobertas. Junto de meus amigos, marcamos de conhecer o litoral. Na época eu tinha uns 16 anos, fomos com uma excursão para Pinhal. Saímos cedo de ônibus, do bairro São Luiz, em Canoas. Chegando lá, fiquei surpreendido com a imensidão de água, além da beleza e sincronia das ondas.
A partir de então, sempre que tinha condições ia para Pinhal ou Cidreira de excursão. Numa destas primeiras vezes, a vontade de ultrapassar limites fez com que me perdesse nas dunas de Cidreira, quando fomos para uma lagoa. Atravessamos os cômoros, chegamos à lagoa, mas, na volta, o sol forte e a falta de intimidade com o lugar fez com que nos perdêssemos entre as dunas, custando a achar o caminho de volta. Outra aventura foi quando, na companhia de amigos, fomos de bicicleta até Pinhal. No caminho, uma estrada nova, o que não observávamos nas idas de excursão, ficava nítido indo de bicicleta e, a vontade de chegar na praia a cada quilômetro ficava mais aguçada.
Mais ou menos nesta época realizei um outro sonho, minha primeira viagem internacional. Acompanhado de meus tios, em janeiro de 1982 fomos para Rivera (fronteira com Santana do Livramento). Para mim, foi o auge das minhas férias. Era inacreditável que eu podia colocar um pé no Brasil e outro no Uruguai.
São muitas as lembranças de verão, além do hábito da leitura, daquele tempo, ainda levo o gostinho das brincadeiras e diversões com irmãos, primos e amigos. Foram muitos momentos e pessoas importantes que me acompanham até hoje. Saudades daquela época.
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Houve uma vez um verão
Perdido nas dunas de Cidreira
Aos 16 anos, o hoje presidente da Câmara Federal, Marco Maia, viajou em uma excursão para o litoral cheio de curiosidade para explorar aquele território imenso e desconhecido
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