Respeitar os valores e rituais do passado, mas compor com o novo. Esse é o mote do Conciliador. Dos três perfis mapeados pela pesquisa Persona, encomendada pelo Grupo RBS, este é o que mais representa a população do RS (53%). O mais importante, para os gaúchos que carregam esses traços, é saber viver bem a vida.
Os conciliadores estão sempre aprendendo. Suas histórias tendem a ser de superação, empenho e determinação – eles acreditaram nos próprios talentos, mas, especialmente, na persistência. Da Restinga para o tribunal, no caso do advogado Leandro Soares, 46 anos, cuja criação foi dura – às vezes, sem o café da manhã para tomar –, mas repleta de amor. Oriundo de uma família pobre e negra, sempre sonhou em ser advogado. Porém, foi por meio da realização de outro anseio, o de jogar basquete, que as oportunidades começaram a surgir em sua vida e, com esforço, os sonhos se tornaram realidade.
Ao mesmo tempo em que não há o desejo de correr riscos, o Conciliador não se encontra em posição de negação. Entende que se adaptar é preciso, no seu próprio tempo. Há, portanto, disposição em ter flexibilidade. Conhece, experimenta, duvida e aceita, trazendo vivacidade – sempre com os pés no chão. Sem ousadias nem aventuras.
— Eu analiso sempre e não sou um reacionário pelas questões das mudanças, elas são necessárias. Nós não podemos ficar inertes, parados, porque a mudança vai vir e vai te atropelar. Elas são importantes para o crescimento, para o desenvolvimento, mas sempre com muito pé no chão — declara Soares.
Os Conciliadores são abertos às mudanças do mundo, mas sempre de um jeito calmo e cauteloso. Abrem-se à medida que são afetados pelo que é novo. Não são caçadores de novidades ou frisson. Tampouco se esquecem das suas origens. O Conciliador aceita aquilo que pode trazer oportunidades para a vida pessoal e profissional – isto é, crescimento no trabalho, melhores condições de vida, praticidade, segurança e acesso à informação, produtos e serviços proporcionados pelo mundo digital.
— A gente vai se adaptando, e, aos poucos, se abrindo para determinadas mudanças. Basicamente pelas pessoas, pela conversa. E se eu acreditar que aquilo é algo que vai ser bom para mim, para minha família, a mudança vai vir. Não sei se de imediato, mas com o tempo, sim — afirma Soares.
O maior sonho é que a minha filha tenha uma criação harmoniosa. Se eu disser que é livre de machismo, é impossível. Livre de preconceito racial, é impossível. Mas o meu maior sonho é que não existisse esse lance todo.
LEANDRO SOARES
Advogado, 46 anos
E como se dá essa mudança? Por meio das relações. A família e os amigos mais próximos são o principal núcleo de relacionamento e razão de existir do Conciliador. Por eles e para eles, mudam, abrem, adaptam-se. A partir do que os laços afetivos trazem, as pautas e as novidades vão ganhando espaço. E a opinião dos outros importa: querem ser vistos como pessoas que estão se abrindo, mas que lembram das origens.
Além disso, desejam garantir um futuro melhor para a família. São preocupados com como viver e educar os filhos para que sejam pessoas cada vez mais abertas, sem nunca ignorar as origens. O perfil Conciliador tende a se ver como um pilar importante da família – compreendida pelos pais, filhos e amigos muito próximos. Querem sentir-se úteis, estando disponíveis e dando apoio aos próximos. Sentem-se – e querem ser reconhecidos como – conselheiros, ouvintes, referência, o elo de segurança da família.
Vida em harmonia
Os conciliadores buscam harmonia e qualidade de vida. Desejam alcançar estabilidade financeira, realização profissional, boa educação para os filhos, bem como tempo e dinheiro para lazer e viagens em família. Preferem um estilo de vida com espaço para a calma. Nesse sentido, a natureza faz parte da sua essência, com destaque para a terra e os passeios em família e amigos. O Conciliador preserva um jeito de ser que evita a agitação desenfreada e a falta de tempo para estar com quem gosta.
Os destinos preferidos para passeios e viagens são parques, Gramado e toda a Serra Gaúcha, cachoeiras, cidades menores de Minas Gerais e praias de Santa Catarina. Um pé no RS, uma espiada por aí. Para este perfil, é difícil se enxergar vivendo longe da sua terra, das suas raízes, dos seus familiares. Mas, se houver uma oportunidade, especialmente para estar próximo das pessoas queridas, experimentam saídas fora do RS.
Os objetivos são aqueles com chances de serem realizados para proporcionar à família melhores condições de vida e, principalmente, preparar os filhos para que possam ter mais e melhores oportunidades. Os sonhos têm a ver com superação pessoal e conquistas que ficam para as pessoas queridas. Para Maria Eduarda, nove anos, Soares quer deixar valores de respeito e amor, bem como um futuro positivo. O pai compartilha com ela ensinamentos relacionados ao povo negro gaúcho, a figuras importantes na criação do Estado, como os Lanceiros Negros, e ao racismo.
— O maior sonho é que a minha filha tenha uma criação harmoniosa. Se eu disser que é livre de machismo, é impossível. Livre de preconceito racial, é impossível. Mas o meu maior sonho é que não existisse esse lance todo — pondera.
Para clientes e parceiros
Em sua frente de negócios (RBS negócios), o Grupo RBS disponibiliza dados da pesquisa Persona para clientes e parceiros interessados em entender em profundidade o consumidor gaúcho. Para saber mais clique aqui.