O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará novos dados do Censo Demográfico 2022 no fim de julho, afirmou nesta quarta-feira (28) o presidente interino do órgão, Cimar Azeredo. As próximas divulgações devem incluir informações sobre o total da população indígena, quilombola e de habitantes em favelas.
"Também população por cor ou raça, que é um recorte diferenciado. Também cortes de idade e sexo, é fundamental fazer isso imediatamente", disse Azeredo.
O IBGE informou nesta quarta-feira que a população brasileira totalizava 203.062.512 pessoas em meados de 2022, um aumento de 6,5% em relação ao Censo de 2010, o equivalente a 12,307 milhões de pessoas a mais em pouco mais de uma década.
No entanto, houve forte freio no crescimento populacional. De 2010 a 2022, a taxa média de crescimento anual da população do país foi de 0,52%, a mais baixa já vista desde que o primeiro Censo foi conduzido no Brasil, em 1872.
Entre 2000 e 2010, a taxa média de crescimento populacional anual era de 1,17%, mais que o dobro da atual.
O montante ficou significativamente aquém das estimativas preliminares entregues pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU), em 28 de dezembro do ano passado, quando o instituto informou a existência de 207.750.291 pessoas no Brasil, população calculada já com base em dados preliminares coletados pelo Censo 2022.
O número de habitantes do país é usado no cálculo do rateio do Fundo de Participação dos Municípios, além de determinar o tamanho das representações políticas, como a quantidade de vereadores e de deputados federais e estaduais, entre outras finalidades, frisa o IBGE.