Uma iniciativa da Arquidiocese de Santa Maria e mantida em parceria com a Fraternidade O Caminho, de São Paulo, a Casa Papa Francisco completou um ano de atividades no último dia 18 de junho. A casa, que fica na Rua Silva Jardim, entre a Avenida Rio Branco e a Rua Floriano Peixoto, no centro de Santa Maria, oferece banho, refeições, corte de cabelo e encaminhamento de dependentes químicos para tratamento. Neste primeiro ano, foram cerca de 3,5 mil atendimentos.
Conforme o Frei Galileu, integrante da Fraternidade e coordenador da casa, são cerca de 40 atendimentos por dia. Isso porque o funcionamento é de segunda a quinta, já que de sexta até domingo, é feita uma triagem com pessoas que são dependentes químicas e querem ir para a Fazenda Terapêutica Bom Jesus, em Ivorá, também na Região Central. A fazenda é mantida também pela Arquidiocese de Santa Maria e pela Fraternidade O Caminho.
Nas segundas e quartas-feiras, é servido café da manhã. Já nas terças e quintas, jantar. As refeições são sempre precedidas de banho. Os atendimentos são para todas as pessoas em vulnerabilidade social, não apenas moradores de rua. Conforme o Frei Galileu, a maior parte dos atendidos são pessoas que moram na periferia de Santa Maria, mas que passam grande parte do dia no centro da cidade.
— Setenta por cento das pessoas que vêm aqui até têm sua casa. São pessoas que passaram por grande dificuldade por conta da pandemia, que vão para o centro da cidade, na busca de voltar para casa com alguma coisa, uma doação. Como voltam tarde, buscam o suporte da Casa para suprir alguma necessidade — explica o Frei.
Além do Frei Galileu, que é natural do Maranhão, outros dois freis moram na Casa Papa Francisco, um de Pernambuco e outro do Pará. Além disso, são 15 voluntários de ajudam nas atividades diárias. O Frei Galileu afirma que já se sente um santa-mariense.
— Santa Maria me trouxe esse olhar mais profundo do acolhimento. Para mim, essa missão me deixa muito feliz. Faz um ano, mas parece que já estamos há uns oito anos aqui — ressalta.
Idealizador da Casa Papa Francisco, o arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Antonio Brustolin, afirma que o local vai estar sempre de portas abertas para ajudar quem mais precisa e agradece o apoio da comunidade santa-mariense.
— Nós queremos agradecer a toda a população de Santa Maria e região, que muito tem colaborado para que possamos minorar o sofrimento de tantos irmãos. A Casa está sempre de portas abertas, não apenas para dar bens materiais, mas também convivência, escuta, atendimento personalizado através da alimentação, do banho, da acolhida, da oração, da espiritualidade — destaca Dom Leomar.
A Casa Papa Francisco é mantida exclusivamente com doações. Nesse momento, a principal necessidade é de agasalhos, especialmente para homens. Todo tipo de alimento também é bem-vindo, mas há uma falta maior de carne. Quem quiser colaborar pode levar as doações diretamente na Casa Papa Francisco, na Rua Silva Jardim, 1.704, ou fazer contato com a Arquidiocese de Santa Maria pelas redes sociais.