Cinco grandes cidades do Rio Grande do Sul, ou seja, com mais de 100 habitantes, estão entre as 20 que mais perderam população no Brasil, apontam dados do Censo 2022. Uruguaiana, Viamão, Porto Alegre, Novo Hamburgo e Alvorada, respectivamente, figuram na lista nacional, liderada por São Gonçalo, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, que perdeu 10,3% da população em 12 anos.
População em 2022
- Uruguaiana - 117.210
- Viamão - 224.116
- Porto Alegre - 1.332.570
- Novo Hamburgo - 227.732
- Alvorada - 187.315
Conforme mostram os dados do Censo 2022, a capital dos gaúchos perdeu 76 mil habitantes, sendo a 13ª com maior redução. Em 2022, Porto Alegre tinha 1.332.570 moradores contra 1.409.351 pessoas em 2010, data do último Censo Demográfico. O resultado aponta queda de 5,4% da população porto-alegrense.
Uruguaiana, 7º no ranking nacional, perdeu cerca 8 mil habitantes (-6,6%), Viamão, cerca de 15 mil (-6,4%); Novo Hamburgo, aproximadamente 11 mil (-4,7%); e Alvorada, cerca de 8 mil (-4,3%).
Mas houve grandes cidades gaúchas que apresentaram crescimento populacional entre 2010 e 2022, casos de Caxias do Sul, Canoas, Gravataí, Santa Maria, São Leopoldo e Passo Fundo.
Brasil
Entre os 319 maiores municípios do Brasil, que superam a marca de 100 mil habitantes, 39 deles apresentaram diminuição populacional entre os Censos de 2010 e 2022, incluindo algumas capitais, "algo inédito dentro dos censos demográficos recentes", frisou o IBGE.
— A gente não tem evidente no momento a explicação do por quê disso, mas parte é o próprio esgotamento territorial mesmo do município, que já está completamente ocupado em muitos deles. Então essa expansão da população se dá nos municípios vizinhos e não mais, ou muito menos, no município núcleo da concentração urbana — avaliou Claudio Stenner, diretor de Geociências do IBGE.
Na direção oposta, entre os 20 municípios com mais de 100 mil habitantes que apresentaram maior crescimento populacional, o destaque foi Boa Vista (RR), a única capital de Estado e único município que supera os 300 mil habitantes nesse grupo, "crescimento influenciado pela presença de imigrantes venezuelanos", justificou o instituto.
Cerca de 44,8% dos municípios brasileiros tinham até 10 mil habitantes, mas reuniam apenas 6,3% da população do país, o equivalente a 12,8 milhões de pessoas vivendo em cidades desse porte.
Já as concentrações urbanas, arranjos populacionais acima de 100 mil habitantes com forte integração da população, abrigavam 124,1 milhões de pessoas em 2022, 61,1% dos habitantes do país.