O quarto balanço do Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (6), confirmou que já foram recenseadas 9.246.927 de pessoas no Rio Grande do Sul desde o início do processo, em agosto. De acordo com o Instituto, o número corresponde a 80,6% da população estimada para o Estado.
Deste total, cerca de 4,7 milhões são mulheres e 4,4 milhões são homens – o equivalente a 51,8% de mulheres e 48,2% de homens. Quanto ao número de entrevistas em domicílios, foram 3.588.960 contabilizadas até a segunda-feira (5), sendo 99% realizadas presencialmente.
Apesar dos índices alcançados até o momento, a Coordenação Operacional do Censo 2022 no Rio Grande do Sul afirma que não será possível concluir as entrevistas até o fim de dezembro. O motivo seria a falta de recenseadores para atuar em cidades que estão com maior atraso na coleta dos dados – situação que já era percebida deste o início do Censo.
— Temos maiores dificuldades nas regiões onde o mercado de trabalho está mais aquecido, pois há um número menor de pessoas procurando por oportunidades de emprego. Além disso, por ser um trabalho temporário, faz com que muitos busquem outras opções no mercado — afirmou o coordenador operacional do IBGE no RS, Luis Eduardo Puchalski.
A Região Metropolitana, Serra e parte do Norte do Estado foram apontadas como as regiões com mais cidades em atraso na coleta. Para acelerar o processo, o Instituto está trabalhando com os recenseadores de outros municípios façam as entrevistas também nestes locais.
Com a prorrogação do Censo 2022, anunciada nesta terça-feira, a expectativa no RS é atingir até o final do ano 90% da coleta e o restante a ser coletado até o final de janeiro.
Recusa de participação da população gaúcha é baixa
O balanço do IBGE atualizou o índice de recusa em responder o Censo por parte dos moradores. No RS, foram 1,65% dos domicílios em que os moradores não aceitaram participar.
Conforme Puchalski, em comparação com os dados dos demais estados brasileiros, o percentual é baixo. No entanto, é elevado quando comparado com números de censos anteriores.
— A recusa em participar ocorre de forma geral no Rio Grande do Sul. Em municípios pequenos, contamos com a ajuda dos vizinhos quando alguém não quer responder. Já nas cidades maiores, como Porto Alegre, fica mais complicado fazer o convencimento — ressaltou.
Também foram divulgados nesta terça-feira o balanço das populações indígenas e quilombolas no RS. Até o momento, 26.944 se declaram indígenas e 14.878 se declaram quilombolas.
O IBGE trouxe ainda o número de pessoas já recenseadas em aglomerados subnormais, que é o termo pelo qual o Instituto caracteriza ocupações com um padrão urbanístico irregular, como favelas, comunidades, vilas e palafitas, entre outros. No Estado, dentre os mais de 9,2 milhões habitantes já recenseados, 277.879 vivem em aglomerados subnormais.