O IBGE visitou 2.029.759 domicílios do Rio Grande do Sul para realização do Censo Demográfico de 2022 até 3 de outubro. Foram recenseadas 5.241.992 pessoas, o que representa 46% da população estimada para o Estado desde 1º de agosto, quando a coleta de dados começou. Conforme o coordenador operacional do Censo no Rio Grande do Sul, Luís Eduardo Puchalski, há um atraso nesse levantamento de dados, principalmente pela falta de recenseadores. São cerca de 7,5 mil trabalhando para 11.232 vagas, o que representa 66,7% do ideal.
Puchalski afirma que os trabalhos eram para ter atingido cerca de 70% da apuração até esta data. Outro dado que chama a atenção é o número de domicílios visitados onde os moradores não foram encontrados e nem deram retorno para os recenseadores para entrevista, cerca de 300 mil.
— São locais onde os recenseadores deixaram bilhete e não conseguiram fazer a entrevista. As pessoas podem ligar e responder por telefone se quiserem — explica Puchalski.
Das entrevistas realizadas, 99,3% ocorreram de forma presencial e 0,7 por telefone ou pela internet. O prazo de término do Censo 2022, que era 31 de outubro, já foi prorrogado para início de dezembro pelo IBGE.
Em regiões onde a economia é mais pujante e há mais emprego, como a Metropolitana e a Serra, o número de recenseadores é menor, já que o trabalho não se torna atrativo financeiramente.
— Em momento algum todas as vagas foram preenchidas. O IBGE deve contratar mais pessoas para concluir o Censo 2022. Os interessados podem procurar informações nos postos de coleta e agências do IBGE — alerta Puchalski.
No Brasil, o número de recenseadores atualmente está em 95.448, o que corresponde a apenas 52,2% do total de vagas disponíveis e previstas para a operação. Foram contados 104,4 milhões de habitantes, o que corresponde a 48% da população estimada (215 milhões de pessoas). O ritmo é mais lento que o do Censo 2010. Naquele ano, após 57 dias de coleta de dados, tinham sido recenseados 154 milhões de brasileiros.