Marcel Hartmann
Em um estudo sobre a repressão da ditadura militar contra a população LGBT+, o advogado Renan Quinalha, professor na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), defende que o regime militar (1964-1985) buscou controlar não apenas o sistema político e econômico, mas tentou também implementar uma visão conservadora e higienista de família “ideal” para o país. Houve uma perseguição a gays, lésbicas, travestis e prostitutas, argumenta o autor no recém-lançado livro Contra a Moral e os Bons Costumes. A obra é resultado de seu doutorado defendido na Universidade de São Paulo (USP) e do trabalho na Comissão Nacional da Verdade e nas comissões estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na entrevista a seguir, Quinalha, que tem 35 anos, comenta suas descobertas sobre o tema e como a situação dos LGBT+ evoluiu do período de repressão da ditadura até os dias de hoje.