Nesta segunda-feira (17), é celebrado o Dia Internacional contra a Homofobia. A lembrança remete à data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde, em 1990.
Esses últimos 31 anos foram de luta por conquistas e de garantias de direitos. Ainda hoje, pelo menos 69 países criminalizam atividades consensuais entre pessoas do mesmo sexo, conforme relatório publicado em dezembro do ano passado pela International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (Ilga). Nessas nações, homossexuais podem ser presos ou até mesmo condenados à morte.
Por outro lado, há cenários em que direitos, como a da união civil e da adoção de crianças, garantiram novas perspectivas para esses casais e famílias. Movimentos de proteção de pessoas homossexuais no ambiente de trabalho ou mesmo na sociedade em geral foram feitos em diversos países, como Estados Unidos e Cingapura, por exemplo.
No Brasil, decisões judiciais recentes (como a que criminalizou a homofobia, em 2019) geraram também maior representatividade e direitos. A advogada Maria Berenice Dias, especialista em direito homoafetivo, entende que a data é motivação para a sociedade refletir sobre a importância do respeito às diferenças.
Ela ratifica também a necessidade da consciência, inclusive, sobre a importância da escolha das palavras: o uso de homossexualidade e não "homossexualismo", em vista de que o sufixo "ismo" relaciona-se a uma doença, uma ideia que precisa ser superada.
*GZH com informações da Agência Brasil
Abaixo, veja o mapa com o último levantamento da Ilga