As famílias que estão no extrato de maior renda na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2017-2018, divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), gastam mais com alimentação fora de casa do que com refeições em seus domicílios.
A comparação considera as classes extremas de rendimento mensal familiar. Aquele com os rendimentos mais baixos (até R$ 1.908) apresentaram proporção de 20,6% de despesa com alimentação fora do domicílio e 79,4% em casa.
Para as famílias com rendimentos mais altos (acima de R$ 23.850), por sua vez, os gastos com alimentação são divididos em 50,3% fora e 49,7% dentro do domicílio. Segundo a pesquisa, a despesa média com alimentação entre as famílias brasileiras é de R$ 658,23. (14,2% do orçamento familiar).
Para as famílias mais ricas, o valor (R$ 2.061,34) é mais do que o triplo da média mensal do país e mais de seis vezes o valor da classe com rendimentos mais baixos (R$ 328,74).
Considerando a alimentação fora do domicílio, os mais ricos gastam em média R$ 1.035,86 no mês, e os mais pobres, R$ 67,69.
Ainda em relação ao tipo de alimento, a POF mostra que, na alimentação em casa, caiu a fatia do orçamento dedicada a cereais leguminosas e oleaginosas (como arroz e feijão). Também recuou o consumo de farinhas, féculas (amido, polvilho) e massas e de carnes e pescados. Houve ainda redução no consumo de açúcares e óleos e gorduras.
Por outro lado, cresceu o de bebidas e infusões e alimentos preparados, em um sinal de que o brasileiro pode estar comendo pior. Mas também cresceu o consumo de frutas, legumes, verduras, aves e ovos.