Um gaúcho que acredita que marcas podem ajudá-lo a ter uma vida mais saudável, mas também atento à veracidade dos discursos. Um Estado cuja população, ao final da próxima década, será composta em mais de um terço por sexagenários, mas que enxerga a aposentadoria como o início de um novo momento de vida. Pessoas atentas ao equilíbrio entre a saúde mental e física e cada vez mais dispostas a mudar a forma como se relacionam com os espaços urbanos, o que implicaria, inclusive, vender o carro no próximo ano.
Esses e outros dados foram apresentados a convidados, nesta quinta-feira (11), no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, como resultado do Cápsula, estudo do Grupo RBS para entender o “espírito do nosso tempo” e, a partir das mudanças constantes ao nosso redor, observar quais delas impactam no nosso cotidiano, influenciando decisões que vão desde os cuidados com a saúde até o comportamento como consumidor. Formaram a plateia representantes de agências de publicidade, do poder público, imprensa, clientes, acadêmicos e outros convidados.
– Tudo está em constante mudança. Mas as mudanças que a gente vive não têm o mesmo peso, a mesma relevância. Algumas começam a formar o espírito do nosso tempo, do tempo em que a gente vive, nosso “zeitgeist”. É muito difícil, quando a gente está mergulhado nesse tempo, conseguir ter essa perspectiva histórica. Buscamos mapear o que está moldando a nossa era e que, lá na frente, nossos filhos vão olhar e dizer: “Os anos 2000 tiveram essa cara aqui” – explica Marcelo Leite, diretor-executivo de Marketing do Grupo RBS.
Entrevistas com especialistas de temas estratégicos
Para Claudio Toigo Filho, CEO do Grupo RBS, o Cápsula é “um esforço para conhecer melhor os gaúchos e seus hábitos de consumo, com o objetivo de melhorar a entrega da empresa para o público e para os clientes ”.
A primeira amostra desse movimento veio em 2017 com o projeto Persona, pesquisa que mapeou como vive e o que pensa quem mora no Estado. Para o Cápsula, foram questionados 1,5 mil gaúchos de sete cidades e realizadas entrevistas em profundidade com 30 pessoas de diferentes idades e regiões e com 10 especialistas de temas estratégicos. As respostas foram ainda comparadas às de um grupo controle, de São Paulo, a fim de detectar quais tendências são exclusivas do Estado.
– A RBS quer conhecer profundamente os gaúchos para levar cada vez mais informação apurada, o que também impacta nas marcas. É importante para todos – resumiu Marcelo Pacheco, vice-presidente de Mercado do Grupo RBS.
Detalhes sobre o estudo serão publicados na edição de final de semana de ZH e em GaúchaZH.