O governo britânico quer proibir a venda de bebidas energéticas para crianças e adolescentes na Inglaterra e anunciou nesta quinta-feira (30) uma consulta pública sobre o tema. Londres propõe a proibição da venda para menores de idade das bebidas com mais de 150 mg de cafeína por litro, caso que ocorre em diversas marcas famosas.
A consulta pública terá como objetivo determinar se a proibição deve ser aplicada a menores de 16 anos ou de 18 anos.
Alguns distribuidores já proíbem a venda para menores de 16 anos, mas o governo prevê que todos os varejistas adotem a medida, para lutar contra a obesidade infantil e os problemas de saúde associados a seu consumo. Mais de dois terços das crianças e adolescentes de 10 a 17 anos e 25% dos menores entre seis e nove anos consomem bebidas energéticas.
"Milhares de jovens consomem regularmente bebidas energéticas, às vezes porque são mais baratas do que os refrigerantes", afirmou a primeira-ministra Theresa May em um comunicado que anuncia a consulta.
Uma lata de 250 ml de bebida energética pode conter 80 mg de cafeína — o equivalente a três latas de refrigerante. Em média, uma lata desta bebida tem 60% a mais de calorias e 65% a mais de açúcar que uma bebida normal, de acordo com dados citados pelo governo.
"Temos a responsabilidade de proteger as crianças dos produtos que afetam a sua saúde e educação", completou no mesmo comunicado o secretário de Estado para a Saúde Pública, Steve Brine.