Em um momento no qual o país discute o racismo e convive com denúncias de fraude no sistema de cotas raciais das universidades, o novo módulo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (PNAD-Contínua) indica que a proporção de pardos e pretos, que formam o grupo negro, alcançou no ano passado 54,9% da população brasileira. Cinco anos atrás, o índice era de 52,7%.
O Rio Grande do Sul, em contraste, é um Estado majoritariamente branco (81,5% da população), mas os grupos pardos e pretos também apresentam tendência de crescimento. Cresceram de 16,2% para 18,2% entre 2012 e 2016.
O tema principal dos dados apresentados nesta manhã é Habitação, inserido na Pnad Contínua no ano passado. A partir da visita a cerca de 166 mil domicílios, o IBGE obteve dados sobre como moram os brasileiros e de quais bens e serviços dispõe. O levantamento revela que, ainda que apenas 13,7% dos domicílios brasileiros e e 17,7% dos gaúchos sejam apartamentos, em Porto Alegre essa modalidade de moradia corresponde a 49,6% do total.
A Pnad aponta ainda que 63,6% dos lares nacionais têm acesso a internet. Na Capital gaúcha, esse índice sobre para 72%. A forma mais frequente de acesso a rede no país é via telefones celulares.