Os professores da rede estadual do Rio Grande do Sul aprovaram greve, em uma assembleia do Cpers. O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira, no ginásio Gigantinho, em Porto Alegre. A paralisação dos professores vai começar em 15 de março. A greve já havia sido aprovada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e outros Estados do país também aderiram.
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Na pauta de reivindicações está, principalmente, a questão do salário. Os professores estaduais pedem o cumprimento da lei do piso salarial nacional, pagamento integral do 13º salário, correção do vale-refeição e investimento de 30% na área da educação.
No ginásio parcialmente lotado, os discursos foram contra o governo Sartori e o governo Temer, contra a reforma da Previdência e contra a reforma do Ensino Médio.
Em nota oficial, a Secretaria da Educação chamou a greve de "inoportuna" e afirmou que essa medida vai afetar diretamente a comunidade escolar.
Após aprovar a paralisação, os professores realizaram uma passeata até a Esquina Democrática.
Veja na íntegra a nota oficial do governo do Estado sobre decisão de greve do Cpers:
"Sobre a informação divulgada pelo Cpers Sindicato, após ato de um grupo de sindicalistas que decidiu deflagrar greve a partir do dia 15 de março, a Secretaria da Educação torna público o seguinte posicionamento:
1 - A medida é inoportuna, visto que o ano letivo de 2017 se iniciou nesta segunda-feira (6) e a greve afetará diretamente a comunidade escolar, especialmente os mais de 900 mil estudantes.
2 - O país enfrenta uma recessão econômica sem precedentes, o que impacta diretamente o Rio Grande do Sul, que atravessa a maior crise econômica de sua história. No entanto, o Governo do Estado pagou o completivo do piso do magistério referente ao período de 2015 a 2017, impactando R$ 200 milhões/ano nos cofres públicos. Isso para que nenhum professor tivesse remuneração inferior ao piso nacional.
3 - Nos últimos meses de 2016, o Governo do Estado fez outro esforço para pagar a alteração de nível dos professores, resultando no aumento de R$ 25 milhões/ano na folha de pagamento do funcionalismo.
4 - A Secretaria da Educação confia que os nossos professores estaduais permanecerão em sala de aula, em respeito aos alunos e à comunidade escolar.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO"