Na manhã desta segunda-feira, o secretário estadual da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, levou ao Colégio Estadual Protásio Alves, em Porto Alegre, uma planilha especificando quais escolas serão atendidas com os R$ 40 milhões para obras emergenciais que o Executivo prevê liberar nos próximos 30 dias. Dos estudantes que ocupam a instituição, recebeu uma lista preliminar sobre carência de professores.
– Estamos sempre abertos a conversar, dialogar. Estabelecemos um prazo (para desocupação, encerrado nesta segunda) porque achamos que essa possibilidade (de acordo) estava encerrada e nós tínhamos de adotar uma providência sob pena de perda do ano letivo – relata o secretário, acrescentando que o ajuizamento da ação de reintegração de posse está mantido porque ainda não há uma resposta definitiva dos estudantes. – Mas nada impede um acordo, uma negociação – salienta Alcoba.
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Ana Paula Santos, aluna do Protásio Alves, relata que o detalhamento sobre as escolas que receberão verba e o recebimento, por parte do governo, da lista sobre carências de professores ainda não atende às demandas das ocupações. Ela cita a necessidade de aumento de dinheiro para obras e para merenda.
– A gente não vai desocupar nenhuma escola do Estado até que, minimamente, a gente consiga concretizar algumas pautas e que algo se encaminhe ou avance – diz a jovem de 18 anos.
Na última sexta-feira, os estudantes secundarias afirmaram que o movimento seguirá mobilizado, como resposta à segunda proposta feita pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc).