Pelo menos duas de seis escolas visitadas por ZH na manhã desta sexta-feira seguem ocupadas por estudantes. Um acordo firmado na última terça-feira entre estudantes e governo acertou a desocupação dos prédios.
No Colégio Estadual Paula Soares, cerca de 40 jovens ocupam o local. Eles estão lá desde 14 de maio e devem anunciar se deixam ou não o prédio durante um festival cultural marcado para acontecer neste sábado. De acordo com a aluna do 9º ano Emilly Jahn, a decisão já foi tomada, mas será divulgada durante o evento.
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Na última quarta-feira, o colégio foi palco de uma confusão envolvendo pais que reclamavam o direito dos filhos de voltar a estudar e os alunos que estão no prédio. Conforme relato da vice-diretora da instituição, Rudileia Neves, o mesmo grupo contrário à ocupação voltou à escola ontem.
– Vim à escola pela manhã, pois tenho conversado com os alunos constantemente para fazer essa mediação. Quando saí, o cadeado havia sido colado. Uma pessoa que estava aqui fora disse que foi um dos pais que está neste grupo que tem agredido e xingado os alunos. Tivemos que pedir uma ferramenta para os rapazes da obra da frente para abrir.
Outra instituição que segue ocupada é o Colégio Estadual Júlio de Castilhos. De acordo com uma vigilante que faz a segurança do local, há cerca de 60 alunos no prédio. Instituto de Educação e Escola Técnica Ernesto Dornelles seguem com faixas, correntes e cadeados. Ninguém estava no local.
Alunos que estava no Colégio Protásio Alves deixaram o prédio na quinta-feira, mas as aulas ainda não foram retomadas. Na segunda, o grupo que ocupava a Escola Estadual Presidente Roosevelt também saiu da instituição. Aos poucos as aulas voltam ao normal. Segundo a vice-diretora, Maria de Lourdes, até segunda-feira todas as atividades serão retomadas.