Sabe quando bate um vento e o guarda-chuva fica de ponta-cabeça? Pois é assim mesmo, com um plástico virado em direção ao chão, que funciona o apetrecho para evitar que seu cusco saia encharcado de uma volta na quadra em dia de temporal.
Outro item curioso, a meia com sola de borracha ajuda a impedir que as patinhas sujas de barro carimbem o tapete da sala após o passeio. E se você acha que a estação fria é inapropriada para banhos, relaxe e lave seu cão com o shampoo a seco, que elimina a água mas não dispensa aromas como alecrim, sálvia, aloe-vera ou ceramida. É desse jeito, com variedades que impressionam, que as clínicas veterinárias aguardam a chegada do inverno.
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Roupas tradicionais e mantinhas de lã foram parar nos balaios secundários. Nas prateleiras das novidades, o hit agora são peças como cashmere com botão de madrepérola, blusas de gola rolê, cobertores de plush e pala gaudério. O esforço não é apenas para manter os pets aquecidos, mas atender preferências e estilo de cada dono.
- A vontade das pessoas é deixar o cachorro mais parecido com elas. Algumas fábricas pet já imitam roupas humanas. O cachorro deixou de ser morador do quintal e passou a dormir na cama com o proprietário - afirma a médica veterinária Camila Ganzo Aerts, da petstore Clube da Bicharada.
Podem até tentar, mas, certas vezes, a natureza fala mais alto. A professora Ana Paula Passeto diz que tenta vestir o Lhasa Apso Thor de acordo com a sua vontade, mas ele não gosta. Para espantar o frio, Ana investe em mantas de soft, evita tosa para deixar os pelos mais longos e boicota passeios se a temperatura cai para menos de 10ºC:
- Ele tem preguiça de manhã. Quando vou chamá-lo, enfia a cara na coberta. Espero horários que tenham mais sol - diz.
Além dos acessórios para espantar o frio, os principais cuidados com cães e gatos no inverno visam evitar que eles peguem doenças, como resfriados, dermatites e cistites, por exemplo. As veterinárias Andrea Faraon e Denise Córdova, da Bicho Petstore, explicam que é importante evitar mudança brusca de temperatura, manter os cães hidratados e, ao passear, perceber se o animal está sofrendo com o impacto do frio.
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PREÇO DO CUIDADO
Tênis - R$ 60 e R$ 70
Meia com solado emborrachado - R$ 70 a R$ 90
Shampoo a seco - R$ 35 a R$ 70
Manta de plush - R$ 30 a R$ 130
Guarda-chuva - R$ 69,90
Capa de chuva - R$ 70 a 110
Pala gaudério - R$ 110 a R$ 140
Blusão de cashmere e madrepérola - R$ 129
PREPARE-SE PARA O INVERNO
Banho em casa e no pet shop - É importante usar água em temperatura morna e lembrar de secar corretamente, evitando exposição ao vento, frio e umidade. Se o banho for no pet shop, e a temperatura ambiente estiver mais quente no local, para evitar um choque térmico é importante dar uma volta pela unidade e aguardar cerca de 30 minutos antes de ir para a rua com o animal. Outra opção é usar a caixa para levá-los até o carro.
Xô sedentarismo - Ao passear com os cães em dias frios, opte por horários mais quentes, principalmente pela manhã e ao meio-dia. Para saber se eles estão com frio, é possível notar a patinha mais gelada. Durante a noite, a sensação pode ser pior para os animais. Mas não deixe de passear. A falta de atividade pode deixá-los obesos e ansiosos, e eles podem descarregar essa tensão nos móveis.
Espantando o frio - Os pets devem ficar em locais protegidos de vento e chuva. Também é importante ter à disposição roupas para cães de poucas pelagem, principalmente, caminhas, edredons e casinhas confortáveis. Gatos gostam de ficar nas janelas, por isso é importante que tenham um espaço mais quente dentro de casa para se abrigarem.
Vacinas em dia - Não somente os filhotes devem ser vacinados. É importante o tutor manter sempre a carteira de vacinação dos pets em dia. Doenças que lembram a gripe dos humanos por alguns sintomas semelhantes (espirro, febre e indisposição), a tosse canis (em cães) e a rinotraqueite (gripe dos gatos) podem ser graves, por isso o dono deve ficar atento.
Roupas e acessórios - Quanto às roupas, opte por tecidos naturais e estilo que seja confortável aos cães. Nem sempre aquelas mais bonitas são as melhores. Os movimentos dos bichos têm de ser preservados. Por outro lado, algumas podem causar nós nas raças mais peludas.
Baixa umidade - Quando não chove, os cães e gatos apresentam sintomas parecidos com os dos humanos, como coceiras nos olhos, boca seca, dificuldade para respirar e desidratação. Nesta época, os hospitais veterinários têm uma alta considerável no atendimento a animais com problemas respiratórios, principalmente filhotes, animais idosos e que já convivem com doenças respiratórias. Alguns animais com focinho curto, como o Shi-Tzu, o Pug e os Bulldogs, já têm dificuldade para respirar e acabam tendo o problema agravado. Muitos animais necessitam até de inalação para amenizar os efeitos do ar seco.
Não exagere na comida - Assim como os demais membros da família, os pets também comem mais no inverno. Por isso é essencial ficar de olho na alimentação de cães e gatos. Para reduzir a oferta de petiscos nesta época do ano, em que o animal muitas vezes fica menos ativo em razão da diminuição dos passeios devido ao frio, a dica é falar com o veterinário para ver se ele indica uma ração light, nem que seja misturada à ração comum.
Nós infecciosos - É comum que os donos diminuam a tosa no inverno, para que os pelos protejam do frio. As roupas fazem aumentar os nós nos pelos. Por isso, deve-se observar para manter constantes as escovações no pelo, para que os nós acumulados não gerem dermatites (irritações na pele).