Os americanos têm uma enorme variedade em seu repertório sexual, que inclui pelo menos 40 práticas sexuais diferentes, conclui o estudo do Centro de Promoção da Saúde Sexual (CSHP), da Universidade de Indiana (norte dos Estados Unidos).
A pesquisa, que mostra "uma enorme variedade no repertório sexual dos adultos de hoje nos Estados Unidos", foi financiada pela Church & Dwight Co, fabricante dos preservativos Trojan, e aponta que homens e mulheres americanos raramente se limitam a realizar apenas um ato sexual durante suas relações.
Os resultados desta pesquisa, a mais ampla sobre sexualidade feita nos Estados Unidos desde 1992, foram publicados em um número especial da revista médica The Journal of Sexual Medicine.
Embora a penetração vaginal continue sendo a 'modalidade' mais frequente, vários estudos sexuais não a incluem, indicando a masturbação mútua e a felação como as práticas mais populares.
A pesquisa do CSHP foi feita com 5.865 adolescentes e adultos entre 14 e 94 anos.
Ao todo, 78% dos homens de 30 a 39 anos dizem ter sido agraciados com uma felação por parte de sua parceira, enquanto apenas 55% das mulheres afirmam ter recebido sexo oral (cunnilingus) de seu parceiro.
Curiosamente, 85% dos homens garantem ter presenciado um orgasmo da parceira em sua última relação sexual, enquanto apenas 64% das mulheres dizem ter alcançado o clímax da última vez em que fizeram sexo.
Além disso, a maior parte dos homens entrevistados para a pesquisa diz chegar ao orgasmo com mais frequência quando o ato sexual inclui a penetração vaginal. As mulheres, por sua vez, contam precisar de uma combinação de atos sexuais - incluindo carícias bucais e a penetração - para ter um orgasmo.
O estudo indica ainda que apenas 7% dos entrevistados se identificaram como diferentes "dos heterossexuais". No entanto, uma proporção bem maior admitiu ter mantido relações sexuais com pessoas do mesmo sexo.
Entre as mulheres na faixa dos 30 anos, por exemplo, 14% dizem já ter feito carícias sexuais bucais em outra mulher em algum momento da vida. Entre os homens com mais de 40 anos, 13% admitiram já ter mantido relações com outro homem.
O estudo revelou também que os adolescentes americanos recorrem com muito mais frequência ao uso de preservativos que seus compatriotas com mais de 40 anos quando mantêm relações sexuais com um parceiro não fixo.
A grande maioria dos adolescentes entre 14 e 17 anos sexualmente ativos afirmam usar preservativos (80% entre os homens e 69% entre as mulheres).
Em comparação, menos de 50% dos maiores de 40 anos que mantêm relações casuais usam preservativos.