Ele não perde uma treta. Afeito a provocações nas redes sociais, o cantor sertanejo Eduardo Costa não vacilou em embarcar em recentes polêmicas: xingou Fernanda Lima quando a apresentadora defendeu que as mulheres façam uma "revolução" e criticou quem se comoveu com a morte do cão no estacionamento de uma unidade do Carrefour, em São Paulo.
Mas ele também já xingou a apresentadora Renata Vasconcellos, a própria noiva, Victória Villarim, e fez um comentário preconceituoso sobre a questão de gênero. Mineiro de 38 anos, tem um posicionamento abertamente conservador, além de ser evangélico e apoiar publicamente o presidente eleito Jair Bolsonaro, assim como a seus filhos.
Relembre alguns casos das brigas que o cantor se envolveu:
"Pessoas acima dos animais"
Com a onda de indignação nas redes sociais pela morte do cãozinho supostamente assassinado por um segurança do Carrefour, em São Paulo, Eduardo Costa decidiu nadar contra a maré. Na quarta-feira (5), publicou uma montagem em que critica o fato de que, em sua opinião, as pessoas se comovem com a morte de um cachorro mas não com o grande números de homicídios que afeta o Brasil.
Com as críticas que recebeu, apagou a imagem logo em seguida. Nesta sexta-feira (7), tentou se retratar: publicou uma foto com um de seus cachorros e fez uma longa consideração dizendo que, apesar de defender que uma pessoa que maltrata animal precisa ser punida, dá mais importância à vida humana do que à vida animal.
"Programa para maconheiro, bandido, esquerdista derrotado"
Mostrando seu posicionamento conservador a respeito da sociedade, embarcou na onda de críticas feitas à apresentador Fernanda Lima quando ela assumiu um discurso feminista no programa Amor e Sexo exibido em 6 de novembro. No manifesto, Fernanda disse que as mulheres deveriam se unir contra um sistema que considera "homofóbico, racista, patriarcal, machista e misógino", as convidando a "sabotar tudo isso".
Eduardo Costa mostrou sua irritação com a apresentadora e escreveu um comentário nas redes sociais em que a xinga de "imbecil". Também disse que ela fazia o programa para "maconheiro, pra bandido, pra esquerdista derrotado e pra esses projetos de artista, assim como ela". Não demorou muito para que apagasse a mensagem e voltasse atrás. No programa Conversa com Bial exibido em 30 de novembro, gravado antes da polêmica com o Amor e Sexo, teve de gravar um novo depoimento pedindo desculpa à apresentadora. No vídeo, chamou a si mesmo de "babaca" e admitiu que "falava pelos cotovelos".
"É muito mimimi"
Defensor do presidente eleito Jair Bolsonaro, não se omitiu de comentar a entrevista que o militar reformado deu ao Jornal Nacional durante a campanha eleitoral, em agosto deste ano. Em mensagem no Instagram dirigida diretamente à apresentadora Renata Vasconcellos, que havia revidado o comentário de Bolsonaro dizendo que não aceitaria ganhar menos do que um homem, o cantor disse que ela "falava besteira".
"Aceitaria, sim. Falar é fácil. Queria ver se a família passasse dificuldade o que ela iria fazer: ver os filhos passando fome ou escolher ganhar menos que um homem na mesma função? Ah, é muito mimimi. Tem que conhecer a realidade do Brasil e a realidade de muitas mães antes de falar besteira". Na mesma época, publicou uma foto vestindo uma camiseta em apoio a Bolsonaro e aos filhos.
"Mulher tem que se comportar"
Em agosto, voltou sua artilharia contra a própria namorada, Victória Villarim. Gravou um vídeo mostrando a companheira fazendo exercícios na academia e, depois, fez o seguinte comentário: "Isso é roupa de mulher vir para a academia? Não tem um pingo de vergonha na cara a filha da p*. Tem que se comportar. Tem que ter vergonha na fuça". A declaração gerou revolta na apresentadora Sônia Abrão, do programa A Tarde é Sua, da RedeTV, que o chamou de machista.
No início do ano, Victória gravou um depoimento acusando o cantor de vazar fotos íntimas suas. Na época, eles haviam terminado, mas reataram meses depois.
— Ele tem essa mania de hackear Instagram de ex-namorada, ele já fez isso com a outra ex dele — disse Victória na época.
"Putaria"
Quando o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) foi palco de polêmica por conta da performance La Bête, em que o artista Wagner Schwartz, nu durante a apresentação, teve os pés tocados por uma criança acompanhada da mãe, Eduardo Costa deu um jeito de mostrar seu rancor. Chamou o trabalho de "desgraça" e passou a criticar a questão de gênero, a que chama de "ideologia de gênero". Em sua opinião, isso seria um instrumento para fazer "meninas virarem meninos" e vice-versa.
"Será mesmo que isso é arte? Ou será Jesus voltando? Parece que o capeta tá morando no Museu de Arte de São Paulo e resolveu ensinar arte para criancinhas. Eu jamais deixaria minha filha nem ver uma foto dessas, quanto mais ir numa desgraça dessas. Ideologia de gênero, você sabe o que é isto? Então, responda aqui nos comentários. Querem fazer meninas virarem meninos e meninos virarem meninas. Uma putaria só. É o fim da picada. Tem lógica, não. Tô de cara. De cara mesmo", escreveu.