A cantora Linn da Quebrada usou sua conta no Twitter na noite de segunda-feira (20) para relatar um episódio de transfobia sofrido ao solicitar o serviço de um aplicativo de transporte. Em seus tuítes, a MC disse que um motorista do Uber se recusou a deixá-la subir no carro "porque eu sou travesti". Ainda segundo a cantora, essa não é a primeira vez que algo do tipo acontece.
Moradora da Zona Leste de São Paulo, a cantora de 27 anos se considera uma "terrorista de gênero" e surgiu em meio a uma série de artistas que discutem a diversidade sexual na música. Apresentou-se em Porto Alegre pela primeira vez no início do ano passado.
"Acabei de passar uma puta situação de constrangimento com a Uber, e não é a primeira vez, lógico. Onde o motorista chega no local de embarque e se recusa a me deixar entrar no carro porque eu sou travesti", escreveu.
Em seus tuítes, a cantora pediu providências à Uber – empresa que, ressalta, patrocinou a Parada do Orgulho LGBT. Em uma das mensagens, pede que a empresa passe a "fornecer algum tipo de treinamento no que diz respeito não só à diversidade e ao respeito, mas às relações humanas". Ao site da revista Vice, a cantora aprofundou seu recado à empresa.
– Não estou falando de punir o motorista, nem de eu ganhar uma ou duas viagens pela Uber, isso não me interessa. Eu quero ações reais, concretas, efetivas, que gerem efeitos – disse.
Após relatar a passagem, a cantora retweetou mensagens de seguidores que também já passaram por constrangimentos ou preconceito ao solicitarem os serviços do aplicativo.
Também à reportagem da revista, a Uber garante que "o comportamento do motorista configura violação aos termos de uso da plataforma e diz que já entrou em contato com a Linn para proceder com sua queixa".